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O Mercado 2 de Maio, em Viseu, vai ser palco da fase final da 12ª edição do Concurso Vinhos de Portugal. A iniciativa acontece em maio e à prova vão estar vinhos das várias regiões do país.
O concurso decorre em dois momentos, o primeiro em Santarém, entre 5 e 7 de maio, e depois em Viseu, nos dias 8 e 9. Na fase inicial do evento estarão a concurso 1.300 amostras, que estarão com a presença de 72 jurados, de 14 países, incluindo enólogos, sommeliers, jornalistas e wine educators.
Na segunda fase, que decorre em Viseu, o júri composto por três provadores nacionais e três estrangeiros vai avaliar 10% das amostras de vinho e eleger os “Grandes Ouros” e os “Melhores do Ano”. A cerimónia de entrega de prémios acontece no dia 9.
A apresentação do concurso realizou-se esta quarta-feira (23 de abril), no Solar do Vinho do Dão, em Viseu, e contou com a presença do presidente da ViniPortugal, que organiza o evento há vários anos. “É o maior concurso de vinhos portugueses, não há mais nenhum com esta dimensão”, destacou Frederico Falcão.
Sobre os melhores vinhos do país, o responsável explicou que o concurso atribui medalhas grande ouro, ouro, prata e bronze. Mas, devido à qualidade dos vinhos, nos últimos anos o concurso “não tem medalhas de bronze para ficar tudo no ouro e prata”.
Frederico Falcão destacou ainda alguns nomes fortes que estarão entre os elementos do jurí, como “dois ‘master wine’, aquelas pessoas que sabem tudo e mais alguma coisa e um deles é o único de língua portuguesa, Dirceu Vianna Júnior” e ainda dois ‘master sommelier’, como o norte-americano Evan Goldstein.
O concurso conta ainda com Bento Amaral, “uma das figuras mais respeitada no panorama vitivinícola nacional; Luís Lopes, fundador da Revista de Vinhos; o enólogo Manuel Lobo de Vasconcelos, e Kenichi Ohashi, “um especialista e das maiores autoridades japonesas que se estreia” neste concurso.
Frederico Falcão disse que, durante a estadia em Viseu, os especialistas “vão ter oportunidade de conhecer a cidade e a região do Dão, desde produtores e várias quintas, a um programa mais cultural, com passagem por museus”.
“A ideia é que regressem aos seus países com um maior conhecimento, não só dos vinhos portugueses, mas também da região, para que se apaixonem e regressem e possam ser um bocadinho embaixadores”, defendeu.
Em jeito de balanço, Frederico Falcão disse que, desde o primeiro concurso, em 11 edições realizadas, foram avaliados 12.894 vinhos e foram atribuídas 3.974 medalhas; 322 grande ouro; 936 ouro e 2.580 prata.
No final da apresentação, Frederico Falcão reforçou a apreensão existente em relação às taxas impostas pelos Estados Unidos da América (EUA), apesar de afirmar que “é preciso perceber o que vai acontecer no período de 90 dias de suspensão”.
“Os EUA são o país para onde mais exportamos, embora tenham vindo a cair nos últimos anos, quer na importação, quer no consumo. Ainda assim, não é um mercado fácil de substituir. Mas também não nos podemos esquecer que são 50 estados com regras e leis diferentes e acho que ainda há muito para explorar”, defendeu.
Na apresentação marcou ainda presença o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Arlindo Cunha, que destacou a importância da realização deste evento no território. “Vai permitir evidenciar ainda mais a qualidade dos Vinhos do Dão, que normalmente obtêm uma percentagem de medalhas significativamente superior à sua quota de mercado”.
Já Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu e da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, sublinhou o “momento muito importante de afirmação da região”.
“Durante dois dias, as atenções do mundo dos vinhos vão estar direcionadas para Viseu, pelo que este evento será uma montra privilegiada para a promoção dos Vinhos do Dão e das experiências da região”, disse o autarca.