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O trabalho dos mergulhadores no rio Douro, em Lamego, foi dado como terminado esta terça-feira (3 de setembro), depois de recuperados destroços do helicóptero como o rotor de cauda, considerado importante para a investigação às causas do acidente.
O comandante da Polícia Marítima do Norte, Rui Silva Lampreia, afirmou aos jornalistas que, depois do sucesso conseguido na recuperação de destroços, as buscas no rio, na zona onde caiu a aeronave na sexta-feira, foram dadas como terminadas.
A bordo, aquando do acidente que aconteceu em Samodães, no concelho de Lamego, seguiam cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) da GNR, que perderam a vida, e o piloto foi o único sobrevivente.
Durante a manhã de hoje procedeu-se à retirada da cauda do helicóptero do fundo do leito do rio, a qual foi transportada por uma embarcação com grua para o cais fluvial de Lamego e, daí, para o hangar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), no aeródromo de Viseu.
“Retirámos diverso material que pertencia à aeronave, incluindo a cauda. Constatámos que a cauda está praticamente intacta, tem o rotor e, portanto, temos esse elemento que será importante para as perícias que vão ser feitas”, realçou Silva Lampreia, que coordenou a operação de socorro e de buscas no Douro.
Ficou por recuperar outra peça considerada importante, designadamente o computador de navegação que tem o tamanho de um tablet.
“Não obstante ser importante para as perícias que têm de ser feitas, acreditamos que, neste momento, todo o material que foi retirado do fundo do rio será suficiente para se tentar apurar as causas que estão na origem neste trágico acidente”, referiu.
Pelas características que este pequeno computador tem, segundo o comandante, “não seria muito fácil encontrá-lo no fundo do rio, porque tem uma morfologia irregular e muita vegetação”.
“E não sabemos como se encontra, poderá ter ficado totalmente destruído”, apontou.
Silva Lampreia concluiu que foram recuperados do rio todos os elementos possíveis de recuperar.
“Nós fizemos um batimento do fundo com muito rigor e todos os componentes e destroços que lá se encontravam passaram por nós, foram retirados e o conjunto desses destroços, em princípio, será suficiente para se poder apurar as causas”, frisou.
O impacto do helicóptero no rio foi de forte violência e, em consequência, a aeronave partiu-se em duas partes. No sábado já tinha sido recuperada parte da cabine e hoje foi retirada a cauda.
“Isso é visível, até pelo vídeo que anda a circular nas redes sociais. Vê-se claramente que foi um impacto de violência, como também foi dito por algumas testemunhas que assistiram ao embate”, referiu o comandante.
A circulação de barcos turísticos e de recreio regressou à normalidade naquela zona do rio, entre Lamego e o Peso da Régua (Vila Real).
No sábado, o organismo responsável pela investigação à queda do helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, o GPIAAF, disse já ter ouvido o piloto e testemunhas e concluído “o essencial da fase de trabalhos de campo”.
Disse ainda que tenciona publicar, até ao final do dia de hoje, uma nota informativa dando conta das constatações iniciais e do caminho a prosseguir pela investigação.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos de Armamar.
Os mergulhadores retomaram esta terça-feira (3 de setembro) no rio Douro, em Lamego, buscas por peças do helicóptero que caiu vitimando cinco militares da GNR, prevendo-se que esta manhã seja retirada do fundo do leito a cauda da aeronave.
O comandante da Polícia Marítima do Norte, Rui Silva Lampreia, disse à agência Lusa que uma equipa de 10 operacionais está na zona do rio onde caiu o helicóptero em buscas.
Nos trabalhos estão envolvidos operacionais da Polícia Marítima, quatro mergulhadores, dois polícias afetos à Régua e elementos da Unidade Central de Investigação Criminal, bem como mais duas pessoas afetas à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Na segunda-feira, chegou a estar previsto dar os trabalhos de recuperação de destroços da aeronave por terminados, mas os mergulhadores da Polícia Marítima encontraram a cauda do aparelho e a sua remoção do fundo do leito do rio acontece hoje.
Rui Silva Lampreia explicou na segunda-feira que é na cauda da aeronave que se encontra o rotor, uma peça considerada importante para a investigação às causas do acidente que, na sexta-feira, vitimou cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) da GNR.
Pelo que, acrescentou, se supõe que ao retirar a cauda do aparelho do rio se encontre também esta peça.
Segundo a estimativa do responsável, a operação de retirada da cauda do fundo do leito deverá acontecer pelas 10:00, no entanto, até às 12:00 decorrem as buscas subaquáticas para encontrar o computador de navegação, um outro equipamento – computador de navegação -, também considerado importante para a investigação do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
Os destroços da aeronave estão a ser levados para o hangar de investigação do GPIAAF no aeródromo de Viseu.
A circulação de barcos naquela área mantém-se com os condicionalismos já implementados, ou seja, uma embarcação de cada vez, baixa velocidade e acompanhamento feito pela Polícia Marítima.
A bordo, aquando do acidente que aconteceu na zona de Samodães, concelho de Lamego (Viseu), seguiam cinco militares UEPC da GNR e o piloto, o único sobrevivente.
Na sexta-feira, foram recuperados os corpos de quatro militares e, no sábado à tarde, a quinta vítima mortal.
No sábado, o organismo responsável pela investigação à queda do helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, o GPIAAF, disse já ter ouvido o piloto e testemunhas e concluído “o essencial da fase de trabalhos de campo”.
“O GPIAAF tenciona publicar ao final da próxima terça-feira uma nota informativa dando conta das constatações iniciais e do caminho a prosseguir pela investigação”, segundo um comunicado enviado à agência Lusa naquele dia.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos de Armamar.
Entretanto, o Chega anunciou que vai pedir uma “auditoria completa e independente” à empresa responsável pela manutenção do helicóptero que caiu ao rio Douro e provocou a morte de cinco militares da GNR.
“O Chega tomará uma posição firme e vai exigir que seja realizada uma auditoria completa e independente à empresa responsável pela manutenção do helicóptero envolvido no acidente. Essa auditoria deverá apurar, de forma minuciosa, se todos os procedimentos de manutenção e segurança foram seguidos conforme os protocolos estabelecidos”, indica o partido.
Em comunicado enviado aos jornalistas, o Chega defende que os resultados dessa auditoria devem ser “divulgados publicamente, garantindo total transparência neste processo”.
O partido liderado por André Ventura refere notícias de que a queda do helicóptero na região de Lamego “pode ter sido uma falha técnica no equipamento” e considera que “essa revelação traz à tona preocupações sérias sobre a segurança e a manutenção das aeronaves utilizadas em missões críticas para a segurança pública e nacional”.
“É dever do Estado assegurar que as aeronaves estejam em perfeitas condições operacionais e que todas as medidas de segurança sejam rigorosamente cumpridas”, defende o partido liderado por André Ventura.
Para o Chega, é “inaceitável que ocorram falhas técnicas em equipamentos cuja confiabilidade é crucial para a proteção das vidas dos nossos militares e cidadãos”.
“Não podemos permitir que a segurança dos nossos militares seja comprometida por falhas evitáveis”, sustenta.