A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
A Farmácia Grão Vasco procura estar perto da comunidade e atenta às…
O ano passa a correr e já estamos no Natal. Cada mês…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
A ministra da Saúde anunciou ao início da noite desta quinta-feira que o problema com as urgências pediátricas do Hospital de Viseu pode passar pelo modelo de urgência referenciada, mas que segunda-feira será apresentado um plano para mitigar o encerramento nocturno do serviço a partir de 1 de junho. Ana Paula Martins esteve durante três horas reunida com o Conselho de Administração que ficou “empossado” de apresentar o plano que será depois analisado pela Tutela.
“Tivemos uma reunião de trabalho muito importante porque conseguimos sair com um compromisso quer da administração, quer do próprio Ministério da Saúde porque há questões que a Tutela vai ter de agilizar para na próxima segunda-feira termos um plano. Um plano para transformar-mos o modelo que hoje temos e que já está à vista que não serve, num modelo semelhante a alguns que já temos no país de urgência referenciada”, disse a ministra à saída da reunião.
Ana Paula Martins esclareceu ainda que a implementação do plano será o “mais depressa possível”. “Esperamos que possa ser durante o mês de junho, essa é a nossa grande expectativa, estamos todos a trabalhar para isso. Diremos exactamente a data de quando começa essa urgência referenciada a partir da próxima semana”, prometeu.
A governante explicou ainda que a urgência referenciada tem diversos níveis de intervenção, antes das crianças chegarem ao serviço, desde logo o SNS 24 que, segundo a ministra, “tem de estar muito focado nesta região e os seus algoritmos orientados e sensibilizados para aquilo que são as necessidades desta região ao nível pediátrico”. Depois, “os cuidados de saúde primários que têm uma importância determinante e, naturalmente, aquilo que é necessário e que é mais grave então vir de facto à urgência e emergência para poder ser aqui tratado e não ter de ir para outro lado”.
“Temos este compromisso, da parte do Ministério de poder disponibilizar todos os instrumentos regulamentares e financeiros e da parte do conselho de administração, sobretudo os seus diretores clínicos, de poder na próxima segunda-feira apresentar um plano para que a urgência pediátrica passe a funcionar de outra forma e que ninguém fique sem resposta àquilo que verdadeiramente necessita, àquilo que é grave, àquilo que é agudo e àquilo que vai ter de ser tratado no sítio certo”, reforçou Ana Paula Martins.
O conselho de administração da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões anunciou o encerramento das urgências pediátricas a partir de 1 de junho no período noturno, depois de nos últimos meses o encerramento acontecer durante o fim de semana.
Em comunicado, a administração hospitalar informou que recorreu à “contratação de pediatras, em regime de prestação de serviços, para realizar turnos de urgência”, mas “a saída dos dois internos que terminaram agora a especialidade, aliada ao facto de ainda não ter sido aberto o concurso nacional para médicos recém-especialistas, agravou as condições de resposta da Urgência Pediátrica”.
Esta manhã, o presidente da Câmara de Viseu, que já tinha criticado o Conselho de Administração, acusando-o de não ter informado o Ministério, tinha avançado que até ao final do dia eram esperadas novidades por parte do governo para resolver o problema.
Entretanto, em menos de 24 horas foi lançada uma petição contra o encerramento que já conta com mais de 11 mil subscritores e marcada uma manifestação para 1 de junho.