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A ministra da Coesão Territorial disse hoje que a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões é um exemplo que deve inspirar outras regiões a terem projetos de transporte flexível e personalizado junto das populações.
“Há territórios onde os operadores privados não têm interesse em prestar serviços porque, dada a reduzida população, não são atrativos para operadores privados e, por isso, é que o Estado”, seja a administração central seja a local, “tem de garantir esse transporte”, afirmou Ana Abrunhosa.
A ministra falava na apresentação do projeto “Ir e Vir”, da CIM Viseu Dão Lafões, em Tondela, que arranca na segunda-feira, dia 04 de outubro, em seis municípios piloto: Aguiar da Beira, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela e Vouzela.
“Continuamos a ter no nosso território, sobretudo em territórios do interior, problemas de falta de serviços públicos de proximidade e este exemplo deve inspirar outras comunidades intermunicipais a trabalhar ao nível supramunicipal”, desafiou.
Um projeto que o secretário-geral da CIM Viseu Dão Lafões apresentou e que envolve, nesta primeira fase, seis municípios, 26 taxistas e 20 circuitos – em dezembro, “será feita uma avaliação para alargar a rede de municípios com este serviço”.
“É um transporte que resolve o problema das pessoas, da mobilidade, e, é bom dizê-lo, que conseguimos fazê-lo a um menor custo financeiro, o que é fundamental. É um transporte feito em táxi, com um dístico identificativo, com flexibilidade”, disse Nuno Martinho.
Este serviço “só pode funcionar onde não existe oferta pública de transporte de passageiros – basta que passe um autocarro por dia, para que já não seja possível” existir -, esclareceu Nuno Martinho, referindo que, na região, “há muitas localidades nesta situação”.
Para isto, explicou, “há uma linha gratuita (800 10 20 30) que deve ser usada na véspera da viagem e, a pessoa, só tem de estar na paragem indicada para a hora pedida, porque o taxista vai passar. O bilhete deve ser pago no início da viagem e tem o custo da carreira pública por aquela mesma distância”.
Para a ministra, “onde os operadores privados não querem trabalhar”, as CIM “devem garantir transporte flexível e a pedido”, o que “também tem vantagens para a economia local, para os taxistas”.
“Não podemos falar de qualidade de vida, de coesão territorial, se tivermos parcelas do nosso território ou populações isoladas, e muitas vezes estamos a falar de população mais vulnerável, pela idade avançada e mobilidade condicionada”, sustentou a governante.
O Estado não pode permitir que essas pessoas “fiquem longe de serviços, de bens e serviços de importância local” que passam, “não só pela acessibilidade, mas também os serviços de saúde, os serviços públicos em geral e a cultura”, sublinhou.
“Este serviço “Ir e vir” é um serviço de transporte público personalizado, é eficiente, é flexível e, como vimos, depende da reserva antecipada até à véspera da viagem e leva o cidadão até ao serviço de que ele quer dispor, portanto, não podemos ter algo mais adaptado às necessidade de cada pessoa e o preço simbólico do bilhete torna a viagem acessível a todos e isto é, de facto, serviço público, coesão e qualidade de vida nas populações”, concluiu Ana Abrunhosa.