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O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, admitiu esta quarta-feira (20 de novembro) que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da língua azul, lembrando que alguns produtores “ainda estão a sofrer prejuízos”.
“Já contabilizamos 66 mil mortes [de animais], o que corresponde a cerca de 3% do efetivo nacional. Mas os prejuízos vão muito além dessas perdas. É natural que o preço da carne suba, mas, se acontecer, também é uma forma do produtor ser compensado”, disse o governante em Vila do Conde sobre a situação que também tem levado a medidas de contenção na região de Viseu.
José Manuel Fernandes lembrou que, além das mortes, os produtores têm custos veterinários para tratar dos animais que foram infetados, e apesar de aguardar apoios da União Europeia para tal, garantiu outras medidas para minimizar os prejuízos.
“Abrimos o mercado para Israel, e espero que haja suficiente oferta para a procura. E espero, também, que a procura não desça, porque esta variante da doença não se transmite às pessoas, não contamina a carne nem o leite. Há essa segurança para os consumidores”, reiterou.
O ministro da Agricultura deixou um apelo aos agricultores para que “não tenham receio de notificar os casos de mortes de animais”, lembrando que o Estado precisa desses dados para “procurar apoios europeus nos casos em que as explorações tenham um prejuízo superior a 30%”.
“Já pedimos o acesso à reserva de crise [da União Europeia], mesmo sabendo que foi negada a alguns Estados-membros. Mas é algo que vamos continuar a insistir”, garantiu.
José Manuel Fernandes garantiu, ainda, que o Governo destinou um milhão de euros, para serem utilizados este mês ou no próximo, para apoiar, em pagamento integral, os agricultores que comprem vacinas para combater o surto.
“Percebo a dor dos produtores, visitei explorações, para perceber a dimensão. Agimos rapidamente para os apoiar e tudo faremos para que esta atividade seja rentável”, vincou.
O ministro da Agricultura insistiu que é preciso, das instância europeias, “um investimento brutal, através do programa [de investigação] Horizonte Europa, para que haja vacinas eficazes e que eliminem várias variantes”.
“Este é um problema europeu, que resulta das alterações climáticas, e estaremos cada vez mais sujeitos a situações destas. Temos de atuar rapidamente”, concluiu.
A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos, sendo a sua transmissão feita através de um mosquito.