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O futuro governo português tem de criar entendimentos e pactos de regime para que a região de Viseu não sofra com a tendência do “muda o governo, mudam-se os projetos”. O apelo foi deixado pelos comentadores políticos do programa 2+2 não são 4 do Jornal do Centro que avançaram com o “caderno de encargos” para o novo executivo que sair das eleições legislativas de março de 2024, ano que se antevê de “muito exigente”.
Para Nuno Nascimento, a palavra de ordem é entendam-se. “Temos sido vítimas da alternativa e do desentendimento constante. Aquilo que era importante é que um e outro (qualquer que seja a cor política do governo vencedor e da oposição) concordassem numa estratégia ou num conjunto de valores que são importante para Viseu. Se me perguntarem o que é importante… posso dizer que é o IP3, o comboio… não sei, não quero fazer disto o menu de uma refeição. Mas, importante é entenderem-se para perceber do ponto de vista do poder central o que se pode fazer para combater esta perda constante nos territórios desta região como a nossa que não está no litoral”, disse.
O entendimento tem de ser entre aqueles que decidem e os que são alternativa. “Sem isto, cada vez que passa ano e meio e cai um governo muda tudo e recomeça tudo outra vez. A ideia de que temos de ter pessoas conhecidas na esfera do poder para conseguir fazer avançar é o que nos tem deixado para trás”, acrescentou.
Também para Jorge Adolfo é preciso um “pacto de regime”. “Se Pedro Nuno santos ou Luís Montenegro entrassem em minha casa, convidava-os a um entendimento que não tem de ser um governo de bloco central, mas a alguns pactos de regime em assuntos que são fundamentais para o nosso território e que são, sobretudo, as infraestruturas de comunicação, desde a rede viária à questão ferroviária”, contou. Para o deputado na Assembleia Municipal de Viseu, “o próximo governo, seja ele liderado por quem for, mais à direita ou mais à esquerda, terá de ter consciência da realidade que tem um país a duas velocidades”.
Já para Francisco Mendes da Silva, a região de Viseu é vítima do desequilíbrio territorial em consequência de um sistema eleitoral que está viciado.
“A primeira coisa que os dois líderes dos principais partidos deveriam reconhecer é que o sistema está viciado no peso excessivo eleitoral que o litoral e os grandes centros urbanos têm. O interior, num qualquer Montenegro ou Pedro Nuno Santos não risca, não lhes vai trazer dores de cabeça”, sustentou.
Para o ex-dirigente centrista, uma das reformas estruturais mais importantes em que que os principais líderes partidários deveriam ter acordo é que “pudéssemos ter uma alteração do sistema eleitoral para as próximas eleições (não as de 2024) que permitisse que um dia quando o interior falasse tivesse peso”, isto porque os oito deputados que o círculo de Viseu elege é “pouco representativo).
Perante a opinião unânime de que o país é governado pela eleição seguinte, pela sobrevivência, e não pelo que é resultado que se entrega; o desafio deixado neste programa de debate político é que seja criado um caderno de encargos que será apresentado ao próximo governo, missão deixada nas mãos de Francisco Mendes da Silva que é presidente da delegação de Viseu da SEDES.
Para ver o programa na integra:
2+2 NÃO SÃO 4 | Viseu deixa caderno de encargos para o novo governo