No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Sendo o Desporto a natureza de fundo dos meus artigos de opinião, hoje escolhi as Artes Marciais Mistas (ex “Vale-Tudo” brasileiro) como tema, mesmo achando que não deveriam, sequer, ser consideradas Desporto. E trago aqui o “Vale-Tudo”, não em recintos fechados em forma de jaula, mas o “Vale-Tudo” nas arenas da nossa política partidária.
Reza a história que Viriato foi assassinado pelos seus próprios homens. Muitos séculos passados, vemos a história repetir-se nos nossos Partidos políticos.
Quero referir, desde já, que voto nos Partidos porque não há alternativa para expressar opiniões através do voto. E voto em função da minha leitura das situações no momento, não tenho o meu voto aprisionado a ninguém. Não sou sequer simpatizante de qualquer Partido, nem vejo que pudesse ser, dada a natureza canibalista e deformadora de VALORES destas organizações nos dias de hoje. Se não perceberem bem porque digo isto remeto-vos, uma vez mais, para a obra “Os Predadores”, de Vitor Matos, 2015 (Clube do Autor, SA).
Aí encontrarão histórias de muitos dos protagonistas da nossa vida politico-partidária atual que fizeram a sua (de)formação pessoal nas Jotas dos Partidos. Vejam do que foram capazes de fazer com gente do seu próprio Partido e imaginem o que se tornaram capazes de fazer a outros que não o sejam. Alguns são, hoje, nossos governantes. Se juntarem o conteúdo dessa obra a uma outra, “Os Facilitadores”, de Gustavo Sampaio, 2014 (Esfera dos Livros), perceberão o que é a vida de muitas destas personagens, mais mediáticas ou menos mediáticas, que, aparentemente, se afastam dos Partidos que os (de)formaram, prosseguem e ganham a sua vida enredados em teias de favores.
Não sei se Audax, Ditalco ou Minuro, algum deles, alguma vez, depois de eliminar o líder, pensou em criar uma “geringonça”. Na história do século XXI isso aconteceu.
Matou-se o líder, os resultados eleitorais seguintes não foram muito diferentes mas, “Eureka!”, faz-se uma aliança, mesmo que irracional, para chegar ao poder. Na altura, toda a gente bateu palmas mesmo sabendo que era uma aliança colada a cuspo, quanto mais não fosse pela filosofia antieuropeístas das alianças procuradas. Tinha (tem?) tanto de aberrante como uma possível aliança dos Partidos de centro direita com Partidos de extrema direita populista e fascista apenas para assegurar o poder.
Parece, agora, que o ato de “matar” o líder fez escola, parece que virou moda, haja ou não razão para o fazer. Até pode ter havido boas razões para matar Viriato, já não parece ter muita importância, mas hoje, aos olhos de um simples e ingénuo cidadão, a morte dos atuais Viriatos em momentos em que se cheira a mudança, é também uma forma de um conjunto de correligionários colocados na prateleira, poderem ter a oportunidade de voltar a aceder a “tachos” de que estavam arredados com as atuais lideranças. E para isso, parece que “Vale-Tudo”.
Mas nestas histórias dos Viriatos do sec. XXI, para além do “Vale-Tudo”, também “Há de Tudo”. Olhemos para as últimas “fotografias televisivas”. Veja-se um líder de bancada parlamentar, de quem não se consta ter colocado o lugar à disposição da atual liderança e, por isso, se poderia depreender estar na linha do líder do seu Partido, que aparece, qual “Emplastro” e com o maior descaramento, pendurado no ombro do candidato a novo líder. Considerando que há duas correntes de pensamento diferentes nesse Partido, há alguém que consegue estar, simultaneamente, em um dos lado (é até líder parlamentar) e no lado contrário. Alguém falou em VALORES?
Depois admiram-se por o nível da abstenção subir a cada ato eleitoral. Esta gente, maioritariamente composta de parasitas que vivem da política e não para a política, só aprenderia quando o número de Deputados na Assembleia da República fosse proporcional ao número de votantes. Havendo 320 Deputados a representar(?!) cerca de 10 milhões de portugueses, se o nível de abstenção fosse de 50%, os portugueses que votaram deveriam ser representados por, apenas, 160 Deputados. Meu Deus, que poupança! Não só nos gastos do momento mas, sobretudo, nas Reformas/Aposentações vertiginosas que o facto de se ser Deputado promove.
Bem, tenho a impressão que o número de Viriatos e destes episódios tristes e feios que inundam as televisões aumentaria de forma acentuada.
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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