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Morreu o Papa Francisco: as datas principais da sua vida e do Pontificado

Jovens da Diocese de Viseu contaram como viveram um dos momentos mais marcantes do evento religioso e das suas vidas aquando das Jornadas Mundiais da Juventude

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 Morreu o Papa Francisco: as datas principais da sua vida e do Pontificado - Jornal do Centro
21.04.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Morreu o Papa Francisco: as datas principais da sua vida e do Pontificado - Jornal do Centro
21.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Morreu o Papa Francisco: as datas principais da sua vida e do Pontificado - Jornal do Centro

Francisco, o 266.º Papa da Igreja Católica que morreu hoje, teve um pontificado marcado pela inovação e desejo de mudança ao longo dos quase 12 anos de liderança do Vaticano.

Uma das datas mais importantes para os católicos portugueses aconteceu em agosto de 2023, durante as Jornadas Mundiais da Juventude. Na altura, ao Jornal do Centro, vários jovens da Diocese de Viseu contaram como viveram um dos momentos mais marcantes do evento religioso e das suas vidas.

Eis algumas das principais datas da vida e obra do jesuíta Jorge Mario Bergoglio, eleito Papa a 13 de março de 2013: 

– 17 de dezembro de 1936: Nasceu em Buenos Aires Jorge Bergoglio, filho de imigrantes italianos na Argentina, com origens em Génova.

– Março de 1958: ingressou no noviciado da Companhia de Jesus. 

– 13 de dezembro de 1969: ordenado sacerdote na Companhia de Jesus. 

– 20 de maio de 1992: nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires, por João Paulo II. E em 1998 chega a arcebispo.

– 21 de fevereiro de 2001: Elevado a cardeal por João Paulo II

– 13 de março de 2013: Jorge Bergoglio foi eleito Papa, sucedendo a Bento XVI, que havia resignado ao cargo. Tomou o nome de Francisco, em homenagem a Francisco de Assis, considerando, no seu primeiro discurso que os “cardeais foram buscar [um bispo para Roma] quase ao fim do mundo”. Na ocasião recusou as vestes ornamentais do seu antecessor e recusou viver na residência papal. 

– 19 de março de 2013: Na primeira missa, Francisco deu um sinal do seu pontificado, percorrendo a praça de São Pedro num veículo descapotável, de onde desceu várias vezes para saudar fiéis. Na cerimónia estavam vários representantes políticos e religiosos, entre os quais o patriarca de Constantinopla, igreja ortodoxa oriental que rompeu com Roma no cisma do oriente. No seu discurso, Francisco disse que um Papa é alguém que deve “pôr os seus olhos no serviço da humildade” e recomendou aos políticos presentes que defendam os mais pobres e o meio ambiente.

– 13 de abril de 2013: Criou o Conselho de Cardeais, para iniciar as reformas da Cúria Romana, o governo da Igreja, e nomeou Óscar Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa (Honduras) como presidente e o atual prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Marcello Semeraro, para primeiro secretário.

– 26 de junho de 2013: Criada comissão para investigar o Instituto para as Obras de Religião, conhecido como Banco do Vaticano. Em outubro iria aprovar uma legislação para impedir a lavagem de dinheiro e pediu ajuda às autoridades fiscais italianas para investigar o caso.

– 19 de junho de 2013: Primeira encíclica do Papa, “Lumen fidei” (a luz da fé), que completa a trilogia iniciada por Bento XVI sobre as virtudes teologais, as primeiras sobre a esperança e caridade.

– 08 de julho de 2013: Primeira viagem pastoral de Francisco, que escolheu a ilha de Lampedusa, onde se reuniu com imigrantes africanos recém-chegados.

– Agosto de 2013: Jornadas Mundiais da Juventude no Rio de Janeiro. O programa incluiu a visita ao santuário da Virgem da Aparecida, padroeira dos brasileiros, e a uma favela.

– 31 de agosto de 2013: Nomeou o arcebispo Pietro Parolin como secretario de Estado do Vaticano, cargo que ainda ocupa, sucedendo a Tarcisio Bertone, um cardeal nomeado por Bento XVI e ligado ao escândalo Vatileaks. 

– 25 de novembro de 2015: Discurso no Parlamento Europeu, onde pediu o tratamento digno dos imigrantes que procuram o continente.

– 24 de maio de 2015: Assinada a segunda encíclica, “Laudato Si” (Louvados sejas), com críticas ao consumismo e ao desenvolvimento irresponsável, fazendo um apelo à mudança para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas.

– 08 de dezembro de 2015: Início das celebrações do Jubileu da Misericórdia, um ano santo da igreja católico, uma decisão extraordinária de Francisco, para assinalar a importância do apoio aos mais pobres por parte dos fiéis.

– Julho de 2016: Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Cracóvia. O líder da igreja visitou o campo de concentração de Auschwitz, onde se reuniu com sobreviventes do Holocausto.

– Maio de 2017: Francisco participou nas celebrações dos 100 anos das aparições marianas da Cova da Iria, em Portugal, onde preside à canonização de Francisco e Jacinta Marto, elevados a beatos por Bento XVI. Nesse mesmo dia, referiu que o Vaticano tinha dois mil casos de abusos sexuais para investigar.

– Agosto de 2018: Visita à Irlanda, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, mas tendo como pano de fundo os abusos sexuais por membros do clero, envolvendo milhares de vítimas. Nessa ocasião, o arcebispo Carlo Maria Viganò, um dos principais líderes conservadores da Igreja e que foi depois excomungado, acusou o Papa de ter protegido o ex-cardeal americano Theodore McCarrick, condenado por abusos sexuais.

– Janeiro de 2019: JMJ, no Panamá.

– Setembro de 2019: Francisco visita Moçambique, numa viagem apostólica pela África Oriental. No país, celebrou uma missa no estádio nacional do Zimpeto, em Maputo.

– 27 de março de 2020: Na praça de São Pedro, numa oração coletiva para enfrentar a pandemia do coronavírus, Francisco deu, uma bênção “urbi et orbi”, dirigida à cidade de Roma e ao mundo inteiro. 

– 24 de setembro de 2020: Papa aceitou a renúncia do cardeal Giovanni Angelo Becciu do cargo de prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, por acusações de corrupção. 

– 03 de outubro de 2020: Assinatura da terceira encíclica “Fratelli tutti” (Todos irmãos) dedicada à fraternidade a amizade entre povos e cultura, na sequência de uma reunião, a 04 de fevereiro de 2019, com o imã de Al-Azhar (a grande universidade islâmica do Cairo), Ahmed el-Tayeb, onde assinou uma carta de princípios sobre a “Fraternidade Humana para a Paz e Coexistência Mundial”.

– 05 de março de 2021: Primeira visita do líder da Igreja ao Iraque, que vive mais uma onda de violência religiosa, tendo estado reunido com al-Sistani, líder dos xiitas iraquianos. 

– 29 de outubro de 2021: Audiência com o Presidente norte-americano, Joe Biden, a quem deu a comunhão, apesar de o político ser favorável à legalização do aborto, o que contrariou a posições dos setores católicos conservadores dos EUA, liderados por Raymond Burke. 

– Fevereiro de 2022: Depois da invasão russa da Ucrânia, Francisco fez vários apelos à paz, reuniu-se com responsáveis políticos e procurar apresentar o Vaticano como mediador, até hoje sem sucesso.

– 05 de junho: Entrou em vigor a constituição apostólica ‘Praedicate evangelium’, promulgada a 19 de março, que reforma a Cúria Romana, extinguindo vários organismos e criando Dicastérios, que passam a funcionar como departamentos ministeriais do Vaticano. É nesse contexto que o português Tolentino de Mendonça assume as funções de prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

-31 de dezembro de 2022: Morre de Bento XVI. Francisco presidiu às celebrações fúnebres a 05 de janeiro.

– Agosto de 2023: Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, com a visita do Papa. Francisco esteve na capital portuguesa e realizou uma breve visita ao santuário de Fátima.

– 18 de dezembro de 2023: Publicada a declaração “Fiducia supplicans” (Suplicando a Confiança), pelo Dicastério para a Doutrina da Fé que aborda as chamadas “relações irregulares”, vínculos monogâmicos de pessoas que não casaram pela igreja. Os padres passaram a ter permissão de realizar bênçãos a casais do mesmo sexo, mas também casais do sexo oposto que ainda não são casados, sem que isso signifique que as relações passem a ser abençoadas. Esta decisão foi criticada por conservadores e por progressistas, gerando uma das polémicas do pontificado de Francisco. 

– 17 de janeiro de 2024: Na sequência da declaração “Fiducia supplicans”, Francisco abordou o prazer sexual numa audiência geral, criticando a pornografia e recordando que “no cristianismo não há condenação do instinto sexual”.

– 14 de junho de 2024: Francisco participou na cimeira do G7 e, no mesmo dia, recebeu mais de uma centena de humoristas de todo o mundo, entre os quais os portugueses Ricardo Araújo Pereira, Joana Marques e Maria Rueff.

– 02 de setembro de 2024: aos 87 anos, fez a sua viagem apostólica mais longa, pelo Sudeste Asiático e Oceânia, tendo visitado Timor-Leste, onde celebrou uma eucaristia com 600 mil pessoas. 

– 24 de outubro de 2024: publicada a quarta encíclica, “Dilexit nos” (Ele amou-nos), sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. 

– 29 de outubro de 2024: Publicado o primeiro relatório sobre proteção de menores contra agressões sexuais na Igreja.

– 24 de dezembro. Início formal do Jubileu (ano santo) de 2025, com a abertura da porta santa da Basílica de São Pedro. 

– 01 de janeiro: Nomeada a freira Simona Brambilla para prefeita do Dicastério para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedade de Vida Apostólica, a primeira mulher à frente de um dos ministérios da Cúria Romana. 

Papa é escolhido pelo Conclave com regras rígidas e em segredo

Regras rígidas, absoluto segredo, assim se escolhe um novo Papa e o mesmo acontecerá com o substituto de Francisco, que será eleito entre os 135 membros do Colégio Cardinalício com menos de 80 anos, incluindo quatro portugueses.

A eleição no Conclave (do latim ‘cum clavis’ ou fechado à chave) está definida até aos mais ínfimos pormenores na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, revista por João Paulo II em 1996, e é secreta.

O sistema de fechar os cardeais iniciou-se no Concílio Lyon II (1274), convocado pelo Papa Gregório X, e hoje os também designados “príncipes da Igreja” estão proibidos de trocar cartas, mensagens ou telefonar a alguém do exterior, assim como de ler jornais, ouvir rádio ou ver televisão enquanto durar a reunião, para evitar pressões.

A obrigação de manter segredo estende-se a todos os funcionários do Vaticano que servem os cardeais neste período ou que têm acesso aos locais em que se encontram e quem violar as regras será castigado, podendo mesmo ser expulso da Igreja Católica. 

A assembleia dos cardeais eleitores – que se inicia entre 15 e 20 dias após a morte ou resignação do anterior chefe da Igreja Católica para dar tempo a todos os participantes de chegarem a Roma – é precedida da missa “Pro eligendo Pontifice” (para a eleição do Pontífice), na qual os cardeais pedem apoio espiritual na escolha do novo Papa.

Na tarde desse dia, os prelados dirigem-se em procissão solene para a Capela Sistina, onde decorre a reunião, invocando com o cântico “Veni Creator Spiritus” (Vem Espírito Criador) a assistência do Espírito Santo.

No local do escrutínio, um por um e numa sequência predeterminada, juram com a mão direita sobre a Bíblia manter segredo sobre as discussões relativas à eleição, antes de se sentarem nos lugares que ocuparão durante o Conclave.

Os cardeais terão ainda de ouvir um discurso sobre a escolha que vão fazer e esperar que o eclesiástico que o fez e o Mestre das Celebrações Pontifícias abandonem a sala à ordem deste “Extra omnes” (Todos fora, os que não participam no escrutínio).

As portas da sala são fechadas, ficando sob a proteção da Guarda Suíça, o exército do Vaticano, e os cardeais podem então a sós dar início à eleição.

Antes da realização do Conclave, todos os elementos do Colégio Cardinalício, atualmente 252, terão discutido o estado da Igreja e definido o perfil do novo Papa, que deverá ser um bom “pastor de almas”, teólogo e diplomata, além de falar várias línguas, em primeiro lugar o italiano, a língua oficial do Vaticano.

Os cardeais não podem declarar-se candidatos, só podendo ser considerados como tal pelos seus pares durante a eleição, e também não lhes é permitido chegarem a acordos ou fazerem promessas, absterem-se ou votarem em si mesmos.

Para que seja eleito o novo Papa é precisa uma maioria de dois terços, estando prevista a realização de duas votações de manhã e duas à tarde, após cada duas delas os boletins de voto são destruídos num fogão instalado na Capela Sistina e a cor do fumo da queima indica o resultado, preto se o escrutínio continuar, branco se tiver sido escolhido o novo líder dos católicos.

Caso ninguém tenha sido eleito nos primeiros três dias do Conclave está previsto um dia de reflexão, que terá de ser seguido de sete outras votações inconclusivas antes de passar a ser necessária apenas uma maioria absoluta.

O Papa Francisco, que morreu hoje, foi eleito à quinta votação, no segundo dia do Conclave, enquanto o seu antecessor, Bento XVI, foi escolhido à quarta.

Em ambos os casos, além do fumo branco que saiu da chaminé da Capela Sistina, o toque a repique dos sinos da basílica de São Pedro anunciou a escolha do novo pontífice.

Mas antes da divulgação pública do resultado da eleição realiza-se o último ato do Conclave: questionar o escolhido sobre se aceita o cargo – sabendo que a Constituição Apostólica indica que deve “submeter-se humildemente à vontade divina” – e qual o nome por que pretende ser conhecido.

O cardeal argentino jesuíta Jorge Mario Bergoglio, o primeiro Papa da América Latina, escolheu o nome de Francisco numa homenagem a São Francisco de Assis, o santo dos pobres.

O que será o 267.º Papa terá depois de colocar as vestes brancas próprias do cargo e dirigir-se à sacada da Basílica de São Pedro, onde o primeiro cardeal dos diáconos já anunciou “Habemus Papam” (Temos Papa), para saudar os fiéis reunidos na praça em frente e dar a bênção “Urbi e Orbi” (à cidade [Roma] e ao mundo).

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