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A mostra de dança contemporânea New Age New Time (NANT) abre o ano no Teatro Viriato, em Viseu, com quatro coproduções, duas em estreia absoluta, uma exposição, o lançamento de um livro e ainda com o cinema em destaque. É de 11 a 25 de janeiro e à 13.º edição a dança é o mote da transformação social e ambiental.
“Treze anos depois, esta mostra mantém a sua relevância e impacto quer nas propostas que apresenta ao público, quer na forma como proporciona aos criadores um espaço para apresentarem o seu corpo e pensamento, numa espécie de lugar em constante transformação e questionamento”, começou por referir, na apresentação deste mostra, António M Cabrita, diretor artístico do Teatro Viriato.
Ao longo de duas semanas, a NANT reafirma-se, mais uma vez, “como uma plataforma para a promoção da dança contemporânea em Portugal e um espaço de experimentação que tem como foco incentivar a criação artística”, sublinhou ainda António Cabrita que recordou que esta mostra que nasceu no Teatro Viriato foi um dos primeiros palcos em que se apresentou, em dupla com São Castro, marcando o início do seu percurso enquanto coreógrafo.
Lembrando que se trata ainda de uma programação idealizada pelo anterior diretor artístico – Henrique Amoedo -, o atual responsável disse que esta edição da NANT aborda a transformação, seja a “do feminino que resiste às convenções sociais do corpo”, a “inspirada na contracultura do movimento queercore e na reflexão sobre as imposições heteronormativas”, a que acontece a partir da ausência ou da presença no coletivo ou a de comportamentos que promovam a sustentabilidade ambiental.
A abrir a NANT, Be Soares estreia a peça coreográfica “RE.SET a metaphor for my queer emancipation”, uma coprodução com o Teatro Viriato. Trata-se de uma performance autobiográfica sobre renascimento e transformação, criada a partir da própria identidade da artista. Explora a emancipação queer e desafia o público a ouvir e a explorar as suas próprias subjetividades.
No dia 15 de janeiro, sobe ao palco “Ausência da minha presença”, de Bruna Carvalho, que explora, de forma poética, a interação entre luz e sombra, sugerindo que aquilo que não é revelado pode ser tão significativo quanto o visível.
Mantendo a preocupação de aproximar a infância da dança contemporânea, nos dias 17 e 18 é apresentado o espetáculo “L’après-midi d’un foehn Version 1”, da francesa Compagine Non Nova. Um espetáculo onde Phia Ménard transforma sacos descartáveis em personagens poéticas, evocando temas de sustentabilidade e ecologia.
A segunda estreia da NANT, “Durarei pela paz e nunca por mal”, acontece a 22 de janeiro. Trata-se de uma cocriação de Mélanie Ferreira (que iniciou os estudos em dança na escola Lugar Presente, de Viseu) e Daniel Matos, com coprodução do Teatro Viriato. Neste encontro, os artistas lançam ao público o desafio de refletir sobre o tempo e a durabilidade das experiências. Um espetáculo que surge como “uma herança” da NANT que tem sabido “incentivar à criação a nível nacional, mas também local”, como frisou António M Cabrita.
“Pechisbeque”, de Ana Isabel Castro, encerra a NANT no dia 25, com a coreógrafa a apresentar uma reflexão sobre o valor das coisas. Os sonhos, a realização, o equilíbrio entre coragem e fragilidade são temas abordados e que conduzem o público nessa reflexão.
A edição da NANT inclui ainda apresentação do livro “Linhas de tensão. Arte, dança e ecologia”, de Daniel Tércio, com fotografias de Luís Pavão, no dia 20. O crítico de dança e investigador propõe uma visão da ecologia associada à dança. A apresentação conta com a presença do autor e também investigador Rui Macário.
Partindo do lançamento deste livro, irá também realizar-se, no dia seguinte, a oficina “Coisas possíveis (e talvez necessárias)”, que pretende “estimular nos participantes uma visão de futuro, desafiando-os a pensar e identificar práticas mais sustentáveis a partir do campo da dança”, disse António M Cabrita.
A exibição do mais recente filme do cineasta Jacques Audiard, “Emília Pérez”, no dia 23, em parceria com o Cine Clube de Viseu, e a exposição “Corpo gráfico”, de Teresa Vale, que fica patente ao longo de toda a mostra, completam a programação.