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1. Em 2020, no ano em que começou a peste, Paula Mota Garcia saiu de Viseu e rumou ao Alentejo para fazer a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura de 2027. Jorge Sobrado, que então mandava na cultura municipal, podia ter pensado em candidatar Viseu ao mesmo, mas preferiu infernizar a vida à directora do Teatro Viriato e ela acabou por levar o seu saber-fazer para o Alentejo. Azar de Viseu, sorte de Évora. Em 7 de Dezembro de 2022, ficou a saber-se que tinha ganho.
Pela frente, havia quatro anos para concretizar o projecto. Tempo mais do que suficiente. Dinheiro europeu havia e há. Competência em Évora também. Mas, como de costume, Lisboa manda em tudo e em tudo liga o complicómetro. Durante todo o ano de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, o ministro socialista da cultura, Pedro Adão e Silva, fez de múmia paralítica. Dalila Rodrigues, que se lhe seguiu, achou por bem arrastar os pés mais meio ano. Só agora, em Outubro, é que nomeou uma pessoa para dirigir o projecto. Escolheu mal e caro. A contemplada vai ter um ordenado igual ao do primeiro-ministro.
Em resumo: durante 2023 e 2024, o vagar de Lisboa andou a gozar o vagar alentejano. Agora vai ser tudo feito à pressa e à trouxe-mouxe. Vai ser um festim de ajustes directos. Paula Mota Garcia, perante tanta desconsideração e incompetência, decidiu bater com a porta. Deixo-lhe um abraço solidário.
2. Em 15 de Dezembro, perguntei aqui se não haveria “mundos no mundo a meterem-se em aviões para virem aproveitar a generosidade do nosso SNS.” Na altura, houve quem estranhasse a pergunta.
Em Fevereiro, a RTP descobriu que, na Maternidade Alfredo da Costa, um em cada três bebés é de mãe estrangeira. Uma grande percentagem do Bangladesh e do Nepal. Várias dessas parturientes são emigrantes em países ricos do norte da Europa (onde teriam de pagar) e vêm dar à luz ao pobre Portugal (onde não pagam nada). Alberto Caldas Afonso, o responsável pela reorganização das Urgências de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria, acaba de dar mais detalhes: “nós neste momento temos 22% de nascimentos de filhos de mães não-portuguesas”.
Duas certezas: (i) a pressão do turismo de saúde sobre os recursos do SNS vai aumentar e (ii) o país continua a ser governado por múmias paralíticas.
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