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Homenagear e repor a dignidade do antigo cônsul, Aristides de Sousa Mendes, é o grande objetivo do museu, que foi inaugurado esta sexta-feira (19 de julho), em Carregal do Sal, terra do homem que salvou milhares de judeus do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
O museu, que nasceu da recuperação da antiga casa do Passal, pretende ser um espaço cultural de relevo, mas, segundo a autarquia, “não se esgota a si mesmo” e será “complementado com muitas outras iniciativas”.
O presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Paulo Catalino, espera que o concelho “consiga capitalizar, cada vez mais, esta âncora que é Aristides Sousa Mendes”, de forma a “atrair mais gente e desenvolver-se, não só na quantidade de pessoas, mas, sobretudo, na qualidade de vida”.
“O Museu Aristides Sousa Mendes tem que ser complementado com muitas outras iniciativas, nomeadamente o Centro de Acolhimento e Integração de Refugiados que vamos ter aqui, também com o nome de Aristides Sousa Mendes e isto já é uma consequência”, explica.
O autarca reforça ainda a potencialidade do projeto quer na atração de pessoas à região, quer como “rastilho” para novos investimentos no concelho.
“Através do museu queremos desenvolver muito o nosso turismo. E quando falamos em turismo é um turismo integrado, em que as pessoas vêm ao museu, mas depois vão a uma quinta, a um dos nossos restaurantes, ficam nos alojamentos e, portanto, é uma dinâmica que o museu vai trazer, que para além deste legado cultural e desta expressão que representa toda a sua história, é também trazer e potenciar turismo, desenvolvimento territorial e isso é importante não só com os turistas, mas com projetos que consigam complementar este museu”, destacou.
O autarca dá o exemplo de novos hotéis, restaurantes e outros negócios capazes de gerar receitas, emprego e dinamizar a economia local.
“Atrás de um museu vem um hotel, atrás de um hotel vem mais restauração e gastronomia e tudo isto gera economia. E esta é uma ideia que temos, enquadrar o museu em outros projetos, como é o caso do Centro de Acolhimento que é para receber refugiados e migrantes, para depois os integrar na nossa comunidade”, sublinhou.
No caso do centro de acolhimento, Paulo Catalino acredita que também trará nova população que pode imprimir uma nova dinâmica no território.
“Sabemos o quanto os nossos concelhos têm vindo constantemente a perder gente e precisamos de ver isto como uma janela de oportunidades. Na verdade, o facto de termos um centro de acolhimento vai trazer ao nosso concelho muita gente que depois pode ser empregada não só nas empresas, mas, sobretudo, na vida do concelho, fazendo girar a economia. E com eles vem emprego, vêm empresas, porque grande parte das empresas às vezes não se fixa porque não têm mercado de trabalho, não têm mão de obra”, lembra.
Paulo Catalino fala numa “bola de neve que está ancorada no Aristides Sousa Mendes”, caminho escolhido pelo município para “desenvolver o território”.
“A bola está a formar-se agora pela nossa dinâmica e, atrás do centro de acolhimento virá um centro de formação, porque não é possível receber pessoas e depois não lhes dar formação, criando uma mão de obra especializada e capacitando estas pessoas que podem vir para cá como mais recursos humanos qualificados para as nossas empresas”, disse.