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Mais de noventa por cento dos motoristas do MUV, o sistema de transportes públicos de Viseu, que decorre esta segunda-feira (20 de setembro). A paralisação já provocou constrangimentos nos autocarros que circulam pela cidade.
O número foi avançado ao Jornal do Centro pelo sindicalista Jorge Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, que revelou que o MUV “está praticamente parado” e com uma adesão superior à média distrital.
Em causa nesta greve que abrange mais de 90 empresas de transportes de todo o país, está a reivindicação de melhores salários. Jorge Rodrigues revelou que, caso as revindicações dos trabalhadores não sejam atendidas, os motoristas vão voltar a fazer greve com outra paralisação já marcada para 1 de outubro.
“A luta não vai parar enquanto a ANTROP (Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Pesados de Passageiros) e as empresas não perceberem que o motorista tem de ganhar acima do salário mínimo”, afirmou.
Jorge Rodrigues defende “aumentos salariais de imediato” para os motoristas. “O salário tem progredido, e bem, e com o fim das categorias a maior parte dos motoristas recebe o salário mínimo”, explicou.
O sindicalista disse ainda que os motoristas do MUV se têm queixado de que o serviço é “muito desgastante”.
“O MUV é um serviço urbano e os motoristas têm serviço de 12, 14 ou, muitas vezes, até 15 horas porque fazem dois serviços no mesmo dia de trabalho. E isto não pode continuar assim porque os motoristas precisam do trabalho, mas também têm vida familiar e social”, rematou Jorge Rodrigues.
Já o próprio MUV lembrou hoje aos utilizadores nas redes sociais que “irão verificar-se vários constrangimentos ao nível do normal funcionamento dos serviços públicos de transporte de passageiros no concelho de Viseu, inclusive com a supressão de horários”.
O concelho de Viseu tem mais de uma centena de trabalhadores a trabalhar nas três maiores empresas de transporte rodoviário.
Já outro sindicalista, Hélder Borges, disse que a greve “superou todas as expectativas”, revelando que a adesão em todo o distrito rondou os mais de 70 por cento. “Os motoristas perceberam a mensagem e sabem o que está em causa”, afirmou.
Segundo Hélder Borges, houve concelhos que ficaram mesmo sem transporte público na região, “praticamente parados a 100 por cento” como Viseu, Tondela e Santa Comba Dão.
Outras zonas, nomeadamente o norte do distrito e Castro Daire, tiveram menos adesão dos motoristas.
A greve começou às 3h00 da madrugada e terminará 24 horas depois, na madrugada de terça-feira (dia 21).