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A Casa de Santar, em Nelas, deve ser classificada como monumento de interesse municipal para que possa ser preservado o seu edificado e a cultura local, defendeu esta segunda-feira (24 de fevereiro) o presidente da Câmara.
“Nós temos todo o interesse em classificar a Casa de Santar, porque desta forma estamos a preservar o seu edificado, a sua arquitetura e a cultura de uma localidade, assim como a história associada àquela, freguesia que é muito rica”, disse Joaquim Amaral.
À agência Lusa, o autarca lembrou que Santar tem um “património histórico muito importante, que é preciso preservar, não só pela sua importância histórica, mas também porque é um atrativo para o concelho” de Nelas.
A Câmara aprovou por unanimidade, em novembro de 2024, a abertura do procedimento de classificação de imóvel designado por Casa de Santar como Monumento de Interesse Municipal.
A Casa de Santar, na localidade de Santar, na União das Freguesias de Santar e Moreira, em Nelas, distrito de Viseu, é um edifício de “importante relevo na perspetiva histórica, económica e social” do concelho.
O processo está a decorrer e pode ser consultado nos serviços técnicos de obras e licenciamentos particulares do Município de Nelas e, não havendo qualquer objeção, o edificado será classificado, disse o presidente.
Num documento enviado à agência Lusa, pode ler-se que a Casa de Santar remonta ao “século XIII, por ordem de Dom Sancho II, e no século XVI transitou para a posse da família Paes do Amaral e data dessa altura o início da construção do que é hoje o núcleo primitivo da casa por ordem de João Gonçalves do Amaral.
“Em 1670, foi finalmente instituído o vínculo de Santar por Francisco Paes do Amaral e sua mulher, Dona Francisca Paes. A cozinha velha, que ainda hoje existe, começou a ser construída perto de 1690 e a estrutura principal datará de cerca de 1740”.
Em 1852, José Paes do Amaral e sua mulher receberam da rainha Dona Maria II o título de viscondes de Taveiro. O filho Pedro viria a receber de D. Carlos I o título de conde de Santar.
A Casa de Santar mantém-se “até hoje neste ramo descendente dessa família” que, através de casamentos, estará associada a outros condes, representando assim “várias casas nobiliárquicas” de Portugal.