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Os autarcas do PS na Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões acusam o presidente desta entidade de ter tido uma atitude “desagradável” na última reunião do Conselho Intermunicipal. Em causa a proposta para nomear o representante da CIM na administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões.
De acordo com autarcas socialistas ouvidos pelo Jornal do Centro, o assunto deveria ter sido tratado de forma “consensual” e não “imperativa” como consideraram. A votação do nome decorre na próxima reunião e os socialistas ponderam não comparecer ou apresentar, também, uma contraproposta.
“Foi uma surpresa muito grande quando foi anunciado que na próxima reunião os autarcas do PSD iam reunir e apresentar uma proposta que para nós é mais partidária e menos consensualizada. Normalmente em temas da CIM que se prendem com interesses de todos os 14 há uma consensualização. Nunca se partidarizou a situação. Os presidentes de câmara do PS sentiram-se um bocadinho menosprezados”, admitiu o autarca de Carregal do Sal, concelho onde se realizou, na última terça-feira, a reunião do Conselho Intermunicipal.
Para Paulo Catalino, a decisão do nome a apresentar deveria “ter sido feita de uma forma participada por todos”. “Gostaríamos que este lugar fosse técnico e não político. Teríamos de consensualizar aquilo que seria o perfil e o propósito de quem vai ocupar o lugar na ULS e que vai com a missão de servir todos os concelhos”, reforçou.
Uma leitura que o presidente da CIM, Fernando Ruas (PSD), rejeita. Para o também presidente da Câmara de Viseu, o processo está a ser feito com “abertura e sinceridade”.
“Eu ainda não tenho o nome. Eu disse que iríamos apresentar o nome no próximo conselho diretivo, mas antes disso eu apresento-o aos autarcas para se pronunciarem. Mais aberto do que isto não pode ser”, começou por esclarecer Fernando Ruas.
Para o presidente da CIM, os colegas do PS não têm de ficar “surpreendidos” porque, se tivessem maioria, fariam o mesmo. “Naturalmente que o nome indicado por nós não irá agradar aos autarcas socialistas, mas isso são as regras da democracia”, frisou.
Fernando Ruas garantiu de que não vai ser apresentado “qualquer nome” para fazer parte do conselho de administração da ULS porque tem de ser “alguém que venha, depois, quando o chamamos à CIM dar conta daquilo que estão a fazer”.
“Se o PS quer levantar alguma guerrilha, que seja por outros motivos não por este”, sustentou.
O nome para o conselho de administração da ULS Viseu Dão Lafões só vai ser votado na CIM um ano depois da nova reorganização desta unidade do Serviço Nacional de Saúde (as ULS passam a reunir os hospitais e os centros de saúde) que entrou em vigor no início do ano de 2024.
Fernando Ruas sempre disse que a CIM não apresentaria o seu representante enquanto não reunisse com o diretor executivo do SN para explicar o conceito, situação que só aconteceu no final do ano passado.
A CIM Viseu Dão Lafões é constituída por 14 municípios, sete dos quais liderados pelo PSD, seis do PS e um independente (Aguiar da Beira).