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É em Cinfães que se faz um dos Carnavais mais típicos da região de Viseu

Entrudo regressa à aldeia de Pias no fim de semana de Carnaval e com várias tradições à mistura

Fotógrafo: Pedro Sá

O Entrudo regressa à aldeia de Pias, no concelho de Cinfães, no fim de semana de Carnaval (10 e 11 de fevereiro), naquela que é considerada uma das celebrações carnavalescas mais autênticas da região de Viseu.

No dia 10, a partir das 22h00, vai haver fogueira na rua e baile de máscaras com o grupo musical Homens da Gaita.

E, no Domingo Gordo, dia 11, decorre a partir das 14h30 a mostra de máscaras típicas de renda. Uma hora depois, arrancam as corridas do compadre e da comadre e também a tradição do touro. O Entrudo de Pias termina às 17h00 com um churrasco comunitário.

O disfarce típico do Entrudo de Pias contempla mulheres mascaradas de homens e homens mascarados de mulheres em que são utilizados chapéus, meias, calças, camisas e saias de cores garridas, além de luvas para que as mãos não sejam reconhecidas e do elemento principal do disfarce, a máscara de renda.

Depois, também há toalhas, cortinas ou panos de renda que são colocados na face para que a identidade do mascarado seja ocultada, já que por esta altura todas as pantominices são permitidas.

Já nas corridas, homens e mulheres competem pelos seus compadres e comadres. Enquanto as mulheres começam a preparar o "triste" do compadre, feito de palha, tecidos de cores garridas e roupas velhas e escondido até ao dia em que será corrido, já os homens se juntam para construir a "coitadinha" da comadre, que é feita com o mesmo material.

No dia das corridas, a prova ‘começa’ com um rebuliço no largo da aldeia, em que se ouve o toque forte do corno. É nesta altura que os homens tentam roubar o compadre e as mulheres tentam apoderar-se da comadre, tendo como destino a fogueira.

Já o touro de Pias é composto habitualmente por dois homens cobertos por uma ou mais mantas, com chifres no cimo da cabeça e um rabo na traseira. Os homens, conduzidos pelo suposto dono do animal, correm a população que se encontra a assistir e, em certos momentos, também surge alguém que tenta controlar o touro, que rapidamente entorna a leiteira com os seus coices atingindo a população.