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1. O canal do YouTube House Of News Español tem cinco vídeos descarregados. O mais visto deles, à hora que escrevo, tem 271 mil visualizações e intitula-se “Venezuela y su economía, ¿mito o realidad?”
Um bem apessoado “apresentador” de televisão começa logo a explicar ao que vem: “queríamos saber se a Venezuela está realmente tão destruída como os media afirmam há anos”; a seguir aparecem chamadas telefónicas a “mostrar” que é impossível marcar férias de carnaval nos destinos turísticos no país, tudo esgotado; para a semana santa ainda há uma vagazitas, poucas, 500/700 dólares, é reservar já antes que seja tarde. Claro, tudo uma mentira pegada. O canal é propaganda de Maduro, o ditador venezuelano que sucedeu a Chavez.
Num outro vídeo, já com 104 mil visualizações, uma apresentadora muito simpática (embora não tanto como a nossa Nelma Serpa Pinto, da SICN) desfila um gráfico colorido a mostrar onde Juan Guaidó, o líder da oposição democrática, terá derretido 150 milhões de dólares. Claro, já se sabe, outra mentira pegada do primeiro ao último segundo.
Mas há mais um problema nestas “notícias”: os espectadores vêem um “jornalista” louro bem penteadinho e uma “jornalista” de cabelo castanho arrepanhado para trás, mas tanto um como o outro não são de carne e osso. Não existem. São avatares criados por inteligência artificial, num site chamado Synthesia, cujo catálogo oferece dezenas e dezenas de caras de todas as etnias.
Fake news, deepfakes. Nestes tempos prodigiosos que vivemos, achar a verdade dá cada vez mais trabalho. Mas não podemos, de maneira nenhuma, desistir dela.
2. Das duas três: ou foi a incontinência de Marcelo (que nunca pára nem nunca se cala), ou foi a incontinência do ministro João Gomes Cravinho (que faz convites para a casa dos outros), ou foi a incontinência de ambos, o facto é que eles criaram um pequeno psicodrama com a visita de Lula a Portugal programada para alturas do 25 de Abril.
Aparentemente, o imbróglio está resolvido. Ainda bem.
3. Lula foi um excelente presidente. De 2003 a 2011, o Brasil viveu oito anos muito bons. No final, mesmo com taxas de aprovação de 90%, Lula respeitou o limite de mandatos, foi um democrata e deu lugar a outro. Será que agora vai fazer o mesmo?
A dúvida é legítima e deve ser posta. É que há uma praga, no mundo em geral e na América Latina em particular, a que Moisés Naim chama de “continuísmo” — “a tendência daqueles que estiveram ou estão no poder de querer continuar no poder”.
Afirma aquele escritor venezuelano, numa entrevista ao Estadão, a propósito do seu novo livro “A Vingança do Poder”: “o que importa é que (os líderes) sejam democratas, não ataquem e debilitem, ou eliminem, os pesos e contrapesos que o poder tem. O populismo por si só não é uma arma. A arma é o continuísmo.”
Era bom para o Brasil que Lula — e a sua ambiciosa mulher JanJa — não quisessem, nem um nem outro, pertencer à fauna política que está a medrar com força no mundo: a dos ortegas, dos putins, dos maduros, dos jinpings, …, “os que não se vão”.
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