cd tondela
viseu xmas run corte
sevenair avião
som das memorias logo
261121082345cbd31e4f08cbc237fdbda2b5563900947b148885
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

19.12.24

A Farmácia Grão Vasco procura estar perto da comunidade e atenta às…

19.12.24

O ano passa a correr e já estamos no Natal. Cada mês…

19.12.24

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Ócios e entreténs

por
Jorge Marques

 O Fim ou o Princípio?
Home » Notícias » Colunistas » Brincadeiras e democracia

Brincadeiras e democracia

 Brincadeiras e democracia
11.05.24
partilhar

As gerações mais novas dão menos valor à democracia do que a gerações mais velhas. Há cada vez mais evidência que este facto está a contribuir para o crescimento eleitoral de políticos e partidos autoritários.
O que nos deve animar é que, entre humanos, nada é definitivo e, como escrevi aqui no início de Abril, este “pêndulo geracional”, agora a afastar-se da liberdade, há-de regressar.
Este afastamento jovem dos valores liberais é tratado num dos últimos textos de Patrícia Fernandes, no Observador, onde aquela professora da Universidade do Minho analisa um ensaio de Jonathan Haidt e Greg Lukianoff, publicado no The New York Times, em 2018, intitulado “Como brincar à nossa maneira para uma melhor democracia”.
Nele é explicado que, nas últimas décadas, por boas e por más razões, as crianças deixaram de estar sozinhas, têm sempre um adulto a supervisioná-las. Já não há, nas ruas dos nossos bairros, crianças a brincar umas com as outras, em jogos escolhidos e dirigidos por elas. Elas têm muitas, por vezes demasiadas, actividades escolares e extra-escolares, mas não confundamos aulas de violino ou treinos de futebol com “brincadeiras livres”. Jogo de futebol livre é aquele em que são os putos que arranjam as equipas, definem táticas, fazem “cumprir as regras”, resolvem “disputas sem a ajuda de um árbitro”, correm “pequenos riscos”.
E isso é vital para o seu crescimento harmónico: “os mamíferos jovens brincam e, ao fazê-lo, gastam energia, magoam-se e expõem-se aos predadores. Por que razão não tentam manter-se seguros? Porque os mamíferos chegam ao mundo com sistemas nervosos inacabados e precisam de brincar – e muito – para terminar esse trabalho.”
É esta ecologia social entre pares que permite aos jovens resolverem conflitos, aprenderem a cooperar, adquirirem “competências essenciais para a vida”. Se, para tudo e um par de botas, um miúdo é habituado a recorrer a uma autoridade (parental ou professoral ou outra), quando crescer ele vai delegar a sua vontade num político autoritário.
Para bem da nossa democracia e, acima de tudo, para bem das nossas crianças, deixemos que elas brinquem muito e em liberdade.

 Brincadeiras e democracia

Jornal do Centro

pub
 Brincadeiras e democracia

Colunistas

Procurar