FRANCÊS Catálogo Mobiliário VERSÃO IMPRESSÃO - 5
colmeia são pedro do sul
obras escola básica castro daire
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

18.11.24

O exercício físico e o extrato de flor de castanheiro podem ser…

16.11.24

No Outono, os dias são mais curtos e as noites mais frescas,…

11.11.24

por
José Junqueiro

 Quando a culpa morre solteira

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 O Leitor de Dicionários

por
José Carreira

 Que tral trocar de corpo?
toscca
greenauto stellantis mangualde
cave lusa
Home » Notícias » Colunistas » Dor de cotovelo no S. Valentim

Dor de cotovelo no S. Valentim

 Dor de cotovelo no S. Valentim
11.02.23
partilhar

Como se sabe, a dor de cotovelo pode ser física: basta bater-se com o dito cujo na aresta de um móvel e nada a consegue aliviar, nem o vernáculo que sai boca fora; mas, as mais das vezes, a “dor de cotovelo” tem aspas, não acontece na articulação entre o braço e o antebraço, mas sim no cismar interior, no pensamento. É uma dor psi: “dor de cotovelo” significa inveja e também ciúme, embora esta última acepção seja mais comum no Brasil.
No nosso país irmão, “dor de cotovelo” é até um género musical, bem antiguinho por sinal, e com bons cultores. Em “Dor de Cotovelo” — canção que Caetano Veloso escreveu para a voz de Elza Soares — descreve-se o poder corrosivo daquele maldito sentimento:
O ciúme dói nos cotovelos
Na raiz dos cabelos
Gela a sola dos pés

Faz os músculos ficarem moles
E o estômago vão e sem fome
Dói da flor da pele ao pó do osso
Rói do cóccix até o pescoço (…)”

Dor muito má esta da ciumeira, a dor do amor rejeitado, a “dor de cor…”, perdão, a “dor de cotovelo”. Mas, se o ciúme dói pelo corpo todo, da sola dos pés à raiz dos cabelos, por que raio os brasileiros o localizam tão especialmente no cotovelo?
Nos anos 30 do século passado, o criador deste estilo musical, Lupicínio Rodrigues, na sua canção “Taberna”, descreve como tudo aconteceu:
“Na taberna eu passei o dia
Vendo o entra e sai da freguesia
Quase esqueci a ingratidão que te fiz
E dos tragos por mim ingeridos
Afoguei parte dos meus sentidos
Chegando a julgar-me feliz”

De tanto levar o copo à boca, durante todo o santo dia, o desgraçado ficou de cabeça pesada, a precisar de se apoiar no balcão para manter o equilíbrio, acabou por acrescentar fortes dores nos cotovelos às suas dores do coração.

Na próxima terça-feira, dia de S. Valentim, haja muito amor e nenhuma “dor de cotovelo”.

 Dor de cotovelo no S. Valentim

Jornal do Centro

pub
 Dor de cotovelo no S. Valentim

Colunistas

Procurar