Em um dia e meio, 30 oradores deixaram o seu testemunho e…
A magia do desconhecido… chega à Ourivesaria Pereirinha. A Monseo Jewels, marca…
por
Marco Ramos
por
Pedro Escada
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Grigory Potemkin foi ministro e amante da imperatriz russa Catarina, a Grande. Rezam as crónicas que, mesmo depois da paixão entre eles ter passado de quente a fria, se mantiveram cúmplices e amigos.
É capaz de haver filmes sobre este affair, não conheço, conheço “O Couraçado de Potemkin”, de Serguei Eisenstein, de 1925, com a antológica sequência do carrinho de bebé no meio do tiroteio a descer as escadarias da cidade mártir de Odessa. Mas deixemo-nos dessa cinefilia quase centenária e fixemo-nos numa outra arte do ilustre Potemkin.
Andando Catarina e os seus convidados em viagem pelo Rio Dniepre, o sempre dedicado e operoso Potemkin arranjou nas margens umas aldeias vistosas e bonitas que eram só fachada, serviam de cenário para impressionar os convidados e para esconder a miséria em que viviam os aldeões. Passadas as embarcações imperiais, estas aldeias portáteis eram levadas para outro local mais à frente, eram remontadas e repetia-se o efeito.
Este truque cénico passou a ser conhecido como “aldeia de Potemkin” e tem um potencial metafórico óbvio — é propaganda, é fake, é uma fachada para consumo público que esconde uma realidade feia ou má.
Façamos agora uma viagem até ao Japão dos dias de hoje: a cidade de Fujikawaguchiko prepara-se para erguer um “biombo” de 2,5 metros de alto por 20 de comprido suficientemente grande para esconder o Monte Fuji e acabar com as hordas de turistas que fazem questão de ir a uma determinada praça daquela cidade que tem um ponto de vista icónico para aquele monte de 3776 metros de altitude. É a maneira que as autoridades encontraram para enxotar as multidões de telelé em riste, que sujam tudo, causam confusão e entopem o tráfego, só para fazerem uma selfie com o monte Fuji atrás.
Duas notas finais:
— a fachada de Potemkin esconde o feio, o biombo de Fujikawaguchiko, o belo;
— os turistas não são só mal vistos naquela simpática cidade japonesa; no domingo passado, em Barcelona, cidade em acentuada decadência política, uma caterva esquerdista andou a molestar, com pistolas de água, turistas que jantavam pacatamente nas esplanadas.
por
Marco Ramos
por
Pedro Escada
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu