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1. Como o assunto deste Olho de Gato é Bizarrap, o último vídeo de Shakira, devo começar por um precautério: tentei mas não consegui tornar-me um “especialista instantâneo” naquela cantora colombiana, muito menos nas suas agruras matrimoniais com o futebolista Gerard Piqué e sequente divórcio. Ainda me pus a navegar em publicações da Gente e da CMTV, mas, quando me dei conta, estava a ver vídeos com a ex-sogra, demasiados nomes, enormes egos, desisti. Para o que quero dizer basta-me o que aprendi num texto de Vilma Gryzinski, publicado no início desta semana na revista Veja.
Na cantiguinha, Shakira afirma-se uma loba e, do princípio ao fim, fustiga o seu “ex” e a nova namorada dele:
“(…) Yo valgo por dos de 22
Cambiaste un Ferrari por un Twingo
Cambiaste un Rolex por un Casio
Vas acelera’o, dale despacio
Ah, mucho gimnasio
Pero trabaja el cerebro un poquito también (…)”
Fúrias enraivecidas: uma de 46 melhor do que duas de 22, um Ferrari melhor do que um Twingo, um Rolex melhor do que um Casio. Aquele “trabaja el cerebro un poquito” é mesmo à bruta: Shakira tem um QI de 140, um nível de génio fora do alcance das células cinzentas do “ex”.
Fui o visionador 206.315.286º do vídeo no YouTube e não gostei nem um bocadinho daqueles três minutos e meio: cotovelos doloridos nas palavras, martelos e serrotes na música. Um horror.
Enfim, estamos a chegar ao ponto: temos aqui uma mulher que se quer vingar da rival que petiscou na geleia de morango do seu frigorífico; temos aqui “uma-loba-como-eu-não-é-para-tipos-como-tu” a explicar ao que vem: “as mulheres já não choram, as mulheres facturam”.
Só que aconteceu algo que a hiper-inteligente Shakira não estava a contar: não vai ser só ela a lucrar com este seu golpe publicitário. Gerard Piqué também já está a facturar com Bizarrap: assinou contratos de publicidade não com a Ferrari mas com a Renault, não com a Rolex mas com a Casio.
2. Aquela interrupção da peça “Tudo Sobre A Minha Mãe” no Teatro S. Luís, em que uma “activista” trans foi ao palco expulsar um actor, pode ter resultado num esplêndido golpe publicitário.
Esperemos que todo o buzz que se seguiu àquele lastimável cancelamento contribua para esgotar a lotação do Teatro Municipal do Porto onde a peça vai estar este fim-de-semana.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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