Rimas sociais, um podcast que dá voz às causas sociais urgentes através…
De 23 a 27 de junho, a Paviléctrica, em Viseu, viveu a…
Cada imóvel é um novo desafio e cada contacto uma oportunidade para…
Pena que seja só campanha, olhar a cidade merece discussão permanente. Isto vem a propósito de um painel sobre Urbanismo, promovido por um dos candidatos. A limitação é que se passou entre três engenheiros e a cidade não é só uma realidade técnica/normativa. Nem é o resultado da ação prática sem sentido, onde os valores são perda de tempo. A essência da cidade pertence a todos e não é um problema, a cidade é a solução!
Salientou-se aqui um personagem, Carlos Costa, que com visão e maturidade colocou o tema no seu lugar. Segundo ele, os problemas de Viseu estão na demografia, excesso de automóveis, segurança rodoviária urbana, água, falta de investimento no conhecimento, relacionamento de Viseu com o distrito.
Fez bem Carlos Costa, ao dizer que Viseu precisava olhar Pontevedra e seguir-lhe o exemplo. Isso tem a ver com o uso excessivo do automóvel, o nosso “colesterol urbano”. Faz mal ao organismo, á mente da cidade e tudo parece feito só para ele! O Alcaide de Pontevedra dizia: Retirámos os carros da cidade porque pensamos nas pessoas em primeiro lugar e no carro privado em último. Claro que houve resistências, medo da mudança, os comerciantes do Centro Histórico temiam perder clientes…Estavam enganados, o comércio triplicou! Tudo ao contrário do que acontece entre nós, um Centro Histórico feito pista e parque de estacionamento.
No urbanismo, Viseu precisa olhar o significado das coisas e não olhar de forma igual os espaços da memória e os outros defendidos por regulamentos, interesses económicos e que se transformam em “não lugares”.
Precisa resolver também o seu drama existencial no domínio da relação. O conceito de pessoa é fraco, não está presente como prioridade nas ruas, passeios, casas, espaços. A Câmara herdou um “tique feudal”, um caricato estatuto de poder que lhe dificulta as relações com as pessoas “intramuros” e com os vizinhos. Por isso, a sua renascença precisa mais do apoio das ciências da complexidade do que de cimento, vidro e aço. Não há Urbanismo sem urbanidade (consideração e respeito pelas pessoas). Que tal começar por aí?
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Eduardo Mendes, coordenador de Ortopedia no Hospital CUF Viseu
por
Laura Isabel B. Nunes
por
Sofia Moreira de Sousa