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Ultrajes

 Ultrajes
08.06.24
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Joaquim Alexandre Rodrigues

1. Em 1985, Tommy Hilfiger era um zé-ninguém que queria muito ser alguém no mundo da moda norte-americana. Como tinha muita pressa em que isso acontecesse, decidiu encomendar uma campanha a George Lois, um publicitário genial.
O nosso Lois (nada a ver com as calças Lois que os portugueses compravam no contrabando antes do 25 de Abril), depois de muito matutar, decidiu-se por uma operação que ele próprio classificou como “outrageous” — “ultrajante”: pôr no mesmo plano o zé-ninguém Tommy com Ralph Lauren, Calvin Klein e Perry Ellis, um peso-pluma com três pesos-pesados, um maçarico com três veteranos.
Ia dando uma coisa má a Tommy: «não posso fazer isso, vou parecer um gabarolas, esses três são deuses.»
Depois de muita discussão, lá acabaram por instalar um, e só um, cartaz na Times Square, em Nova York, com letras garrafais: “Os quatro melhores designers de moda masculina são: R_ _ _ _ L_ _ _ _ _; C_ _ _ _ _ K_ _ _ _; P_ _ _ _ E_ _ _ _; T_ _ _ _ H_ _ _ _ _ _”; e, logo a seguir, o logótipo do anunciante com a legenda: “este é o logo do menos conhecido dos quatro”.
Foi mesmo um ultraje. Toda a gente ficou a perguntar-se: «quem é este Tommy?» Aquilo “viralizou”. Choveram convites a Hilfiger. Nas semanas seguintes, o homem aproveitou bem a onda e correu os talk-shows televisivos mais populares.
Depois, com trabalho duro, cresceu e e multiplicou-se e mundializou-se. Tudo graças a um, e só um, cartaz publicitário ultrajante.

2. A Linha da Beira Alta está sem comboios desde 19 de Abril de 2022. Esta semana foi adiada, pela terceira vez, a reabertura dessa que é a segunda mais importante ligação ferroviária do país.
Um ultraje à região e ao país.

3. A “Europa” tem um inimigo declarado, Vladimir Putin, e vésperas de dois, caso Donald Trump ganhe em Novembro.
Estes dois figurões querem o fim da UE e têm dois grupos parlamentares no parlamento europeu prontos para lhes fazerem os fretes. São eles “A Esquerda” (para onde irão os eurodeputados do PCP e do Bloco de Esquerda) e o “Identidade e Democracia” (para onde irão os eurodeputados do Chega).
Em 2019, elegemos quatro “idiotas úteis” do sr. Putin. Esperemos que domingo este número não aumente. Se tal acontecer, será um ultraje.

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