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1. Às 14:57 de segunda-feira, 29 de Julho, o excelentíssimo jornal Público enviou um mail aos seus leitores a anunciar: “Maduro vence, oposição apela aos militares.”
Mail estúpido. O Público, ao poluir desta maneira as caixas de correio electrónico, deu por boa a proclamação da vitória de Nicolás Maduro, nas eleições de domingo na Venezuela, feita por um conselho eleitoral dependente do governo. Esse anúncio foi só mais uma golpada num processo eleitoral cheio delas:
— a líder da oposição María Corina Machado foi impedida de concorrer e teve que ser substituída por Edmundo González ;
— os boletins de voto tinham 13 fotografias de Maduro (!);
— o aparelho de estado esteve completamente ao serviço da propaganda chavista;
— milhões de venezuelanos na diáspora primeiro foram obrigados a emigrar e agora foram impedidos de votar;
— observadores internacionais independentes foram impedidos de entrar no país, entre eles o eurodeputado português Sebastião Bugalho;
— durante a votação, nas suas motas e armados, os “colectivos” bolivarianos andaram a intimidar eleitores e no final sequestraram actas eleitorais;
— …
Sem surpresa, a Rússia, a China, a Síria, a Nicarágua e a Coreia do Norte apressaram-se logo a dar os parabéns a Nicolás Maduro pela sua “retumbante” vitória. São as cinco “democracias” mais adoradas pelo nosso PCP, que também fez um comunicado a saudar a “vitória” de Maduro.
2. Como explica Timothy Snyder, em “O caminho para o fim da liberdade”, as democracias morrem quando as pessoas deixam de acreditar que o voto serve para alguma coisa.
É que “a democracia produz um sentido de tempo, uma expectativa de futuro que acalma o presente”. Quando as eleições são livres e justas, os eleitores sabem que, se se equivocarem no seu voto, nas eleições seguintes corrigem o erro. Deste modo, a democracia “transforma a falibilidade humana em previsibilidade política e ajuda-nos a experienciar o tempo como movimento para a frente, para um futuro sobre o qual temos alguma influência.”
Ora, quando as eleições são roubadas, como foram no domingo na Venezuela, morre a esperança no futuro. A viverem essa desgraça, os venezuelanos sabem isso muito bem. Aquele escriba do mail do Público, não.
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