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27 de 11 de 2021, 17:06

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Bispos homenageados na Guarda. D. António Luciano fala na interioridade

Presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, esteve presente na iniciativa que celebra 822 anos do foral atribuído por D. Sancho I à cidade mais alta do país.

bispo de viseu d.antónio luciano

A Câmara Municipal da Guarda atribui este sábado medalhas de honra municipais aos atuais bispos da Guarda, Aveiro e Viseu, no Dia da Cidade.
Para o autarca, Sérgio Costa, o município que lidera desde 16 de outubro, homenageia “três figuras muito importantes para a Guarda”, concedendo a atribuição da Medalha de Honra do Município da Guarda – Grau Ouro, que outorga aos agraciados o título de «Cidadão Honorário da Guarda», como notícia a Agência Ecclesia.
O bispo diocesano da Guarda afirmou ser hora de “dar visibilidade nacional, ibérica e europeia” à cidade, “capital da beira interior e da Serra da Estrela”.
Num artigo escrito ao jornal «A Guarda», D. Manuel Felício, naturalise Castro Daire, afirma ser necessário “aproveitar a centralidade que a convergência de duas autoestradas e duas vias férreas oferece”, bem como a localização fronteiriça e fala em “atrair investimento, criar emprego e mais riqueza”, de forma a fixar a população.
“Dar especial atenção aos mundos particularmente sensíveis da saúde, da educação, e da ação social, fatores decisivos para fixar umas pessoas e atrair outras”, sublinha.
Para D. António Luciano, bispo de Viseu, importa retirar a cidade do “anonimato, das periferias e das franjas da interioridade”, dando-lhe um “destino atual” que corresponda a uma “oportunidade para o presente e o futuro”.
“Promover e defender a cidade da Guarda dos seus atuais inimigos, construir uma cidade com presente, futuro, desenvolvimento, progresso, conhecimento, ciência, trabalho, industrialização e modernização na cultura e na dimensão espiritual, quer no ensino superior, nas artes, na saúde para todos, na investigação, na perseveração do clima e do ambiente, na promoção do turismo, na irradicação da pobreza através de uma sustentabilidade assente na fraternidade, na solidariedade na justiça social, que deve ter na base uma economia, que brota de uma rede ecológica que respeita a natureza, protege e promove a pessoa humana e desenvolva o meio ambiente em ordem ao bem comum de todos”, escreve o bispo de Viseu num texto publicado pelo jornal «A Guarda».
O bispo de Aveiro sublinha o desafio, “àqueles que têm responsabilidades, quer civis quer eclesiásticas”, de combater a “desertificação do interior” para gerar uma “sociedade mais equilibrada, onde as várias gerações possam coexistir e intervir no desenvolvimento do território”.
“Enquanto cultivador da história, sempre me chamou a atenção o número de pessoas que viveram a sua fé e marcaram os ritmos e a vida quer da cidade, quer da diocese. Olhando para a cidade e toda a sua envolvência, constatamos como muitas das suas ruas e praças, monumentos e obras sociais têm a marca do Evangelho, como tantas pessoas viveram a sua fé procurando no quotidiano das suas vidas traduzi-la em obras”, assinala D. António Moiteiro.
Em 2021, a Guarda celebra 822 anos do foral atribuído por D. Sancho I à cidade mais alta do país.
No âmbito deste aniversário, o Município da Guarda organizou um programa comemorativo que acontece entre 24 e 28 de novembro e que contempla, para além da sessão solene, o descerrar das fotos dos antigos presidentes de câmara e assembleia municipal e uma homenagem póstuma ao deputado Tiago Gonçalves no dia da cidade.