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Uma relação anónima feita através de uma linha telefónica em tempo da Segunda Guerra Mundial é o fio que está por detrás da história “O Navio Night” da escritora francesa Marguerite Duras e que será agora adaptada pela companhia viseense ArDemente.
O grupo está agora a preparar a futura peça numa residência artística no Teatro Viriato. O espetáculo sobe ao palco no início do próximo ano, a 5 de janeiro, e terá uma sessão acessível, com língua gestual portuguesa e audiodescrição, através de uma parceria com o Dançando com a Diferença.
“O Navio Night” conta a história de duas figuras que estabelecem uma relação anónima através de uma linha telefónica que remonta à ocupação alemã em Paris.
A adaptação da ArDemente desdobra as duas personagens centrais da obra e distribui-as por cinco intérpretes num exercício que pretende ser da “exploração da construção da identidade de cada um/a, individual e em relação ao outro”, dando lugar a novos corpos e novas histórias que abram espaço para novas narrativas mas sem desistir da ideia linear de narrativa.
“Mergulhamos em conceitos complexos da identidade, subdividindo-a. Conceitos esses presentes também na obra, outros que ultrapassam a literatura, conceitos de identidade sexual, identidade sócio-económica, identidade política, identidade de género, identidade racial. A identidade do corpo, a identidade da voz. E a alteridade, o conceito de que a existência do “eu-individual” só é permitida mediante um contato com o outro”, diz o diretor artístico Roberto Terra.
Após uma primeira residência em maio no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica no Porto, a ArDemente integra agora o calendário de residências artísticas do Teatro Viriato na programação de 2022/2023.
O espetáculo contará com um elenco composto por Débora Aguiar, Gonçalo Egito, Emanuel Santoz, Rafaela Jacinto e Ricardo Augusto.