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21 de 04 de 2021, 16:45

Cultura

Jardins Efémeros estão de regresso e ocupam Parque Aquilino Ribeiro

De 3 a 11 de julho, o evento promete trazer “A Palavra e as Linguagens” para o parque da cidade de Viseu

bendik jardins efemeros

Após três anos de ausência, o festival Jardins Efémeros vai regressar a Viseu. Com o mote “A Palavra e as Linguagens”, o evento que costumava marcar a agenda cultural do centro histórico da cidade vai decorrer este ano de 3 a 11 de julho, desta vez no Parque Aquilino Ribeiro.

A organização avançou esta quarta-feira (21 de abril) com os primeiros nomes confirmados para aquela que vai ser a nona edição caso a atual pandemia não coloque em causa a sua realização.

O artista visual João Louro, o projeto musical Sereias, a compositora norte-americana Lyra Pramuk, o saxofonista norueguês Bendik Giske, o músico espanhol Suso Saiz e o português André Gonçalves vão participar nos Jardins Efémeros deste ano.

Em comunicado, a organização refere que a edição deste ano terá em conta as questões de segurança relacionadas com a Covid-19 “em articulação com a DGS, por forma a conter, em recinto seguro, os seus espectadores e visitantes”.

“Assim, dizemos um até já, ao centro histórico de Viseu, local onde pertencem afetivamente os JE, mas asseguramos-vos que estamos já a preparar a edição de 2022, com convites já endereçados a uma dupla artística para criar a intervenção artística efémera no local onde pertencemos – Praça D. Duarte”, pode ler-se na nota.

Segundo a organização, Suso Saiz, que estará pela primeira vez em Portugal, vai criar com André Gonçalves o espetáculo sonoro Música para Caminhos que Começam numa residência artística que terá lugar no Teatro Viriato. Já Bendik Giske, Lyra Pramuk e os Sereias trarão “apresentações únicas” que terão também a sua estreia nos Jardins.

Por sua vez, João Louro irá criar uma escultura de grande escala nos jardins do Parque Aquilino Ribeiro, com a peça intitulada Tesserato.

Uma outra novidade passa pelo lançamento de três chamadas de artistas emergentes para artes visuais e música. As inscrições podem ser feitas até 18 de maio. O objetivo passa por divulgar e apresentar obras de artistas e sensibilizar a comunidade de Viseu para a valorização da criação artística de trabalhos originais. Em caso de situação financeira crítica, poderão ser disponibilizados espaços físicos para serem apresentados os projetos, além do pagamento de uma ‘fee’.

Os trabalhos terão de ter sido criados a partir de 19 de março de 2020, dia em que foi declarado o primeiro estado de emergência por causa da Covid-19, e até 18 de maio. Em colaboração com a galeria Venha a Nós a Boa Morte, será apresentado o resultado desta chamada.

“Com esta parceria, reforçamos a ênfase a de valorizar e promover artistas emergentes a nível nacional, contudo ir-se-á valorar em mais de 10% os artistas residentes e naturais do distrito de Viseu”, acrescenta a organização.

Os Jardins Efémeros propõem ainda um serviço educativo adaptado à atual realidade pandémica. Por isso, o projeto Casa dos Sonhos vai estar nas instituições educativas de Viseu para realizar atividades artísticas e culturais a pensar nos mais novos. Duas horas antes do início de cada sessão, os formadores serão testados à Covid-19.

“Entendemos que especialmente às crianças, não lhes pode ser subtraída, além da educação formal, a capacidade de empatizar e de sonhar através das artes e da cultura. A saúde física e mental das crianças também depende desse fator inestimável para o seu crescimento”, justifica a organização.

Além disso, regressam as sessões de oficinas que poderão escolher as que melhor se ajustarem complementarmente à sua educação formal.

A última edição dos Jardins Efémeros decorreu em 2018. Entre 2019 e 2020, o evento não chegou a ser realizado, primeiro por falta de financiamento e depois devido à pandemia da Covid-19.