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Joaquim Amaral
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Por entre muralhas afonsinas e romanas, igrejas e solares, o Aqui Há História mostra o património escondido de Viseu

 Por entre muralhas afonsinas e romanas, igrejas e solares, o Aqui Há História mostra o património escondido de Viseu
19.05.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Por entre muralhas afonsinas e romanas, igrejas e solares, o Aqui Há História mostra o património escondido de Viseu
08.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Por entre muralhas afonsinas e romanas, igrejas e solares, o Aqui Há História mostra o património escondido de Viseu

Quem se deslocar da rua Nunes de Carvalho em direção ao Largo Pintor Gata, em Viseu, passa obrigatoriamente pela Porta do Soar, uma das sete portas que antigamente davam acesso à cidade de Viseu, rodeada pela sua muralha afonsina. Atualmente, restam apenas algumas partes desta muralha, mandada contruir em 1412, durante o reinado de D. João I, para proteger a cidade, muitas vezes alvo de saques.

Esta muralha, contudo, foi concluída apenas em 1472, no reinado do seu neto, D. Afonso V. Em 1577 foi a última vez que as portas da muralha foram encerradas, desta vez por motivos de peste. Sem militares que ocupassem permanentemente a muralha, era comum um guarda-mor circular pela estrutura e dar sinal à população em caso de invasão ou por questões sanitárias. O acesso à Porta do Soar é feito por uma pequena porta localizada ao lado da Capela da Nossa Senhora dos Remédios. Chegar à parte superior deste portão da muralha, contudo, é algo vedado ao público durante praticamente todo o ano. Uma nova iniciativa criada pela Câmara Municipal de Viseu em conjunto com a Loja de Turismo de Viseu, contudo, permite ao público conhecer este e outros monumentos da cidade de Viseu.

A iniciativa “Aqui Há História” foi criada em 2023. No primeiro sábado de cada mês, dois guias da Loja de Turismo de Viseu orientam visitas a monumentos e locais históricas de Viseu que são geralmente ignorados ou utilizados para outras funções. “Quando foi o Dia Mundial do Turismo, em setembro, com a visita à muralha romana e à capela do Solar dos Condes de Prime, tivemos tanta gente que achámos que valia a pena manter esta iniciativa”, afirmou a guia turística Sofia Mendonça. Em conjunto com Henrique Ribeiro, os dois guias iam intercalando as explicações e contextualizações oferecidas aos visitantes interessados. Uma estagiária, Nádia, acompanhava os dois turistas.

“Costumamos ter mais pessoas de cá. Temos um grupo bastante grande de pessoas que costuma vir sempre”, contou ainda a guia. “Se às vezes faltam a uma na vez a seguir vêm, depois pedem-nos para repetirmos. Por isso é que em alguns sítios vamos repetindo, porque algumas pessoas por vezes não conseguem estar presentes”, afirmou ainda Sofia Mendonça. Além de português, a visita à Porta do Soar tinha já sido realizada em inglês e espanhol.

Tirando visitas específicas, como aquela realizada ao Regimento de Infantaria 14 – em que a visita tinha de ser realizada de meia em meia hora e as pessoas tinham de deixar a sua identificação, uma vez que a apresentação era feita pelos militares do regimento – as visitas do Aqui Há História são realizadas a quem quer que pretenda conhecer um pouco mais sobre dado local. “Temos algumas pessoas que são apenas curiosas, que vivem aqui na cidade e que têm curiosidade em conhecer um pouco mais sobre Viseu”, contou Sofia. Às vezes [as pessoas] juntam-se anos a meio da visita e depois no fim damos um pouco mais de atenção a essa pessoa que chegou depois”, disse.

Em cima da Porta do Soar, Sofia explicava a um grupo com cerca de 10 pessoas, constituído por duas famílias, que a muralha foi, ao longo dos séculos, utilizada para a construção de casas. Além do Hotel do Palácio dos Melos, com acesso direto à Porta do Soar, há ainda o exemplo da biblioteca da Escola Secundária Emídio Navarro, que utiliza parte da Porta dos Cavaleiros. “Na Porta da Sra. do Postigo, houve também uma casa que foi construída mesmo na muralha, da qual se vê o resto de umas escadas. As paredes eram usadas para construir casas encostadas, até porque [a muralha] já foi terminada sem grande rigor, já quase só por uma questão de orgulho”, afirmou a guia turística.

Um quarto de hora mais tarde, um grupo de amigos subiu as estreitas escadas que dão acesso a um pátio coberto de relva. Num nível intercalar entre o chão do Largo Pintor Gata – na altura a praça mais importante de Viseu no século XV—e o topo da muralha da Porta do Soar, o pátio de relva permite ver toda a extensão norte da cidade de Viseu. Uma pequena porta dá ainda acesso à Capela da Nossa Senhora dos Remédios.

O grupo de amigos, acompanhados dos seus filhos, prestavam atenção às explicações, dadas desta vez por Henrique Ribeiro. “Tento estar nestas iniciativas sempre que possível”, começou por dizer Patrícia José, uma das visitantes do grupo de amigos a serem orientados por Henrique. “Acabo por vir por tudo, pela história, pela beleza dos monumentos. Apesar de conhecermos estes espaços desde miúdos, há pormenores que não sabemos. Vimos também pelos filhos, porque eles também têm bastante interesse em história”, contou ainda a visitante. A mãe de Patrícia José, visitante assídua, não pudera estar presente nesse dia, naquela que é uma “desculpa” para que o grupo de amigos se encontre todos os meses.

“Como a minha mãe mora aqui já há muitos anos, ainda conhece às vezes pormenores que não apanhamos à primeira e acrescenta umas coisas”, revelou Patrícia José. A visitante conheceu a iniciativa pelas redes sociais e assim que percebeu que o Aqui Há História decorria todos os primeiros sábados de cada mês, as visitas passaram a ser regulares.

Até ao início da tarde, cerca de 150 pessoas tinham já visitado a Porta do Soar, um número superior aos cerca de 100 a 120 visitantes que costumam ver, em média, cada local. Na última visita a este local da muralha, a Porta do Soar foi vista por mais de 200 pessoas.

O mesmo edifício onde se pagam serviços também tem valor histórico

A ideia surgiu através de uma parceria entre a Loja de Turismo de Viseu e a Câmara Municipal, a partir do momento em que o município “percebeu que tem um património material muitíssimo rico”, explicou ao Jornal do Centro a vereadora da Cultura, Leonor Barata. “Por condicionantes várias, às vezes esse património não está sempre acessível a toda a hora aos visitantes”, afirmou. “Não é como um museu, que tem horários de funcionamento e as pessoas podem escolher quando vão ver”, disse ainda.

Antes deste projeto, o município promovia já visitas guiadas pela cidade para grupos de turistas ou de estudantes. “Percebemos que havia sítios que estavam encerrados e que muitas das pessoas que vivem aqui nunca tinham lá ido”, contou a vereadora. Nesse sentido, foram organizadas visitas a locais como a Câmara Municipal de Viseu e o Regimento de Infantaria Nº14.

“São edifícios que estão tão presentes no nosso dia a dia e é interessante ver essa interação. Já fizemos uma visita ao tribunal também. Muitas vezes as pessoas veem o edifício de uma forma muito de tarefa. ‘Eu vou à Câmara fazer um pagamento’. É interessante dar as outras visões do edifício”, salientou ainda Leonor Barata.

“Nós precisamos que o nosso território seja conhecido por aquilo que tem. Temos aqueles eventos mais conhecidos, mas gostamos também deste trabalho mais constante e menos visível de promoção do nosso território para as pessoas que aqui também vivem”, concluiu.

No ano de 2023, um total de 1763 visitantes fizeram parte da iniciativa, tendo sido visitados o edifício da Câmara Municipal, a Capela de Santo António, a Porta dos Cavaleiros, a Porta do Soar, a Igreja de Santo António, a Igreja de São Miguel de Fetal, o Palácio dos Silveiras, o Solar do Vinho do Dão, o Quartel do Regimento de Infantaria N.º 14, a Associação Comercial de Viseu, o Seminário Maior de Viseu e o Quartel dos Bombeiros Sapadores de Viseu.

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