Carlos Eduardo

27 de 01 de 2022, 14:06

Desporto

Andebol: Académico viaja aos Açores depois de semana difícil

Casos positivos de Covid-19 e número elevado de jogadores isolados têm condicionado a preparação dos treinos e do jogo da equipa que lidera a Zona 2 da Segunda Divisão. O Académico de Viseu vai agora jogar frente ao Marienses.

Rafael Ribeiro Treinador de andebol do académico de viseu

Fotógrafo: Igor Ferreira

A equipa de andebol do Académico de Viseu viaja esta sexta-feira para os Açores. O jogo da jornada 16 da Zona 2 da Segunda Divisão é no sábado, na ilha de Santa Maria, frente ao Marienses. Os academistas são líderes da série, mas enfrentam nesta fase muitas dificuldades com vários jogadores a testar positivo ao novo coronavírus. "Conseguimos ter o número mínimo de jogadores para ir a jogo, obviamente. Tivemos alguns casos. Na semana passada, só treinámos na segunda-feira. Depois desse dia começaram a aumentar os casos e optámos por não treinar", disse ao Jornal do Centro, Rafael Ribeiro, treinador do clube.

A ideia, diz ainda o técnico, era conseguir adiar o jogo dessa semana frente ao Albicastrense. No entanto, o adversário não aceitou reagendar a partida. E o Académico teve de ir a jogo e acabou por ganhar (29-22). "Tivemos praticamente uma semana sem treinar. Os atletas estão a retomar, tendo em conta que agora são só sete dias de isolamento", conclui.

Nesta fase, o Académico já sabe que há jogadores que, com viagem comprada para os Açores, não poderão seguir com a equipa até ao arquipélago açoriano. "É sempre uma viagem. Apesar de o clube nos ter proporcionado todas as condições. Vamos na sexta-feira apesar de o jogo ser só no sábado. Não vamos no dia do jogo. É sempre uma vantagem", refere Rafael Ribeiro.

Sobre este jogo frente ao Marienses, clube da ilha de Santa Maria, o treinador do Académico perspetiva dificuldades. "Em conversa com alguns treinadores, percebi que é sempre complicado. É um clima diferente. Às vezes nem se explica a diferença, mas que ela existe, existe. E vamos defrontar uma equipa que tem qualidade. A classificação do Marienses não é condizente com a qualidade. Têm tido algumas lesões que os impedem de fazer mais e melhor", diz o treinador academista, reforçando que o clube vai a jogo "com o que podemos".

Sobre a pandemia, Rafael Ribeiro acredita que um jogador infetado terá sempre consequências no rendimento desportivo, mesmo que de forma temporária. "Tivemos um atleta de Lisboa que apanhou Covid-19 na altura da passagem de ano. O tempo de paragem dele foi muito maior. Esteve cerca de três semanas parado. Quando regressou aos treinos, o estado físico dele era muito limitado. E não tem a ver com o tempo de paragem porque ele treina todos os dias no ginásio. Não sei se é caso único ou não, mas ele, efetivamente, nos primeiros dois treinos sentiu muitas dificuldades", descreve o treinador da equipa de andebol do Académico de Viseu.