Carlos Eduardo

04 de 06 de 2023, 18:39

Desporto

Golfe: Maria Lopes e Carlos Miranda vencem Business & Art Golf Cup em Viseu

Prova decorreu este fim de semana no Montebelo Golf, em Viseu e juntou apaixonados do golfe e estreantes. Organização do torneio diz que fórmula de sucesso é para repetir

torneio golfe 2023

Fotógrafo: Beatriz Reis

Os golfistas Maria Lopes e Carlos Miranda foram os grandes vencedores da segunda edição do Business & Art Golf Cup. Maria Lopes ganhou o primeiro lugar na classificação set, Carlos Miranda foi o primeiro classificado gross.

Maria Lopes, que conquistou 47 pontos, diz que o segredo da vitória esteve na “muita calma”. Junta-se ainda “muito treino e boa disposição” e o menu da vitória fica desvendado. A golfista aconselha quem nunca praticou golfe a experimentar porque, defende, “é um desporto em que, sobretudo, estamos num constante contacto com a natureza”. Diz Maria Lopes que o golfe acrescenta aos praticantes “competências como a paciência e a resiliência”.

Já Carlos Miranda foi o melhor na classificação gross, com 32 pontos. O golfista diz que contribuiu para a vitória “os anos de prática de golfe, uma boa companhia e uma boa equipa”. “O golfe não é um desporto de resultado. É de processo. O que conta é shot a shot, tacada a tacada”, explica, acrescentando que “se jogamos golfe a pensar no resultado, raramente resulta”. E isso, confessa, é uma lição para a vida.

Carlos Miranda, que joga golfe há 13 anos, defende que Viseu, ao assumir a classificação de cidade europeia do desporto em 2024, deve ter no golfe uma modalidade a ter em conta. “Esperamos que o golfe tenha um papel de grande relevo na comemoração do próximo ano”.

Neste torneio, em segundo lugar na classificação net ficou Jaime Fernandes e em terceiro lugar net terminou a prova Adelino Ferreira. Maria Helena Coelho foi a primeira na classificação senhoras e o primeiro lugar na categoria super sénior foi alcançado por Luis Aranha.

49 golfistas estiveram este sábado e domingo no Campo de Golfe do Montebelo, em Viseu. Dois dias de prova, um percurso feito por 18 buracos e um imenso desafio num campo de golfe de montanha. Entre a emoção do lado mais competitivo do torneio, houve espaço para um jantar que ajudou à troca de ideias entre empresários.

O torneio que alia desporto à cultura elegeu o Museu de Lamego como entidade promovida. Teresa Sequeira, diretora técnica no Museu de Lamego, diz ter sido um privilégio receber o convite para “falar sobre o museu” e os objetivos para o futuro “enquanto instituição de uma cidade, que é, também, aberta ao país e ao mundo”.

A responsável acrescenta que desporto e arte estão hoje muito ligados já que “vivemos numa comunidade que tem de interagir”. As atividades complementam-se tendo em conta que o desporto pode ser associado ao lazer tal e qual como a arte. As pessoas viajam e visitam os museus por conhecimento, para criar ligações e perceber as diferenças culturais, mas, também, por lazer”, vinca.

Uma das novidades foi a nomeação de um embaixador da prova. O ator Quimbé disse ‘presente’ e esteve no Campo de Golfe do Montebelo. O ator de 49 anos veio até Viseu dar umas ‘tacadas’ e mostrar que o golfe não lhe é desconhecido.
Bem pelo contrário.

Quimbé é um apaixonado por golfe. E foi a profissão que lhe abriu as portas à modalidade, já que teve de estudar os termos e a forma como se joga golfe para animar uma enteega de prémios da modalidade. Daí em diante, o ator diz que quando tem tempo pratica golfe. Em Viseu, no Campo de Golfe do Montebelo foi a primeira vez. “É muito agradável o espaço”, elogia.

O objetivo do Business & Art Golf Cup é também divulgar a modalidade. A organização avançou este ano com uma Clínica de Golfe para Crianças. Os mais pequenos divertiram-se e aproveitaram para experimentar pela primeira vez jogar golfe, graças às dicas de um golfista profissional.

O Business & Art Golf Cup chegou para a segunda edição e, garante a organização, veio para ficar. Entre os organizadores do Business & Art Golf Cup há uma certeza: tudo o que foi feito até agora no torneio, deixa bons indicadores para o futuro. O presidente do Clube de Golfe de Viseu, Miguel Costa defende que a “segunda edição do torneio foi mais consistente e consolidada” e que foram corrigidos os contratempos da primeira edição que, a organização já considerou ótima. “Esta foi ainda melhor”, garante.

Também João Cotta, presidente da Direção da Associação Empresarial de Viseu (AIRV) coorganizadora do torneio, entende que torneios como este promovem a região e associam Viseu “a uma modalidade que está em expansão”.

“Procuramos introduzir um conceito novo: ligar golfe, empresas e arte”, lembra o empresário, defendendo que este é “um modelo novo e diferente do habitual”. João Cotta não esconde que “o objetivo é o de tornar este torneio numa referência”, mas lembra que isso só se consegue com o tempo.