Geral

11 de 08 de 2022, 15:00

Diário

Bombeiros do distrito de Viseu ajudam no combate ao incêndio na Serra da Estrela

Cerca de 30 bombeiros de várias corporações do distrito estão no incêndio que envolve mais de 1.500 operacionais, apoiados por 465 veículos e 14 meios aéreos

Bombeiros fazem combate aos incendios. fogos incendio

Fotógrafo: Igor Ferreira

Um grupo de combate a incêndios florestais constituído por cerca de 30 bombeiros do distrito de Viseu está a combater o incêndio que deflagrou no passado sábado (6 de agosto), na Serra da Estrela.

No último balanço, divulgado hoje pelas 12h30, o Ministério da Administração Interna (MAI) confirmou a presença de mais de 1.500 operacionais, apoiados por 465 veículos, 14 meios aéreos e 16 máquinas de rasto.

O incêndio teve início em Garrocho, na Covilhã, mas já se alastrou a mais municípios: Guarda, Manteigas e Gouveia. Segundo o sistema europeu de observação da Terra Copernicus, as chamas já consumiram cerca de 10.000 hectares.

Várias corporações de todo o país têm estado a ajudar a combater o incêndio, que já devastou parte do Parque Natural da Serra da Estrela. Do distrito de Viseu foram mobilizados perto de três dezenas de operacionais. Ao longo destes dias foram várias as corporações a integrar este dispositivo.

Os Bombeiros Voluntários de Tabuaço são uma das corporações da região que estão no apoio ao combate, desde domingo. Atualmente, a comandar este grupo está Marcos Fonseca, comandante dos bombeiros de Tabuaço.

O contacto com os operacionais tem sido dificultado pela falta de rede nas zonas onde se encontram, mas ao que o Jornal do Centro apurou, não há registo de elementos feridos.

O MAI disse hoje que foram identificadas no combate ao incêndio na Serra da Estrela situações que do ponto de vista operacional podem necessitar de ajustamentos e que já estão a ser avaliadas.

Em comunicado, refere que a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, se reuniu na quarta-feira e hoje, por videoconferência, com os presidentes das Câmaras Municipais da Covilhã, de Gouveia, da Guarda e de Manteigas, para acompanhar o incêndio.

“Nos encontros de ontem [quarta-feira] e hoje foram identificadas situações que, do ponto de vista operacional e dadas as características do incêndio, poderão necessitar de ajustamentos, e que estão já a ser objeto de avaliação”, refere o comunicado.

Nas reuniões estiveram presentes responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que explicaram as dificuldades identificadas ao nível da orografia da região, condições meteorológicas expectáveis e os meios empenhados.

O Governo e a ANEPC voltam a reunir-se com os autarcas na sexta-feira às 09h00. Na nota, o Ministério refere ainda que "a complexidade deste incêndio desencadeou uma mobilização de meios excecional” e que “em função das regras previstas no Sistema de Gestão de Operações, e considerando o número de meios já envolvido, o comando da operação está a ser assegurado pelo 2.º Comandante Nacional da ANEPC, Miguel Cruz”.

Através da ANEPC, o Governo transmitiu aos autarcas e a todos os operacionais uma mensagem de apoio às operações de socorro.