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A ideia deste projeto é simples: facilitar a vida a todos os que estejam a pensar mudar-se para o campo. De entre uma “bolsa de terras”, os interessados só têm que escolher o terreno e o cultivo e fazer a mala. E sim, a casa também já está incluída!
O “Campo, chave na mão” é uma iniciativa da InovTerra – Associação para o Desenvolvimento Local, que pretende dar vida a cultivos abandonados ou em vias de abandono, ao mesmo tempo que vão captando novos habitantes e produtores para a região, mais especificamente para os concelhos de Armamar, Lamego e Tarouca.
“Decididos criar este projeto porque tínhamos, e temos, algumas abordagens de pessoas com interesse em vir para o Interior e nós não tínhamos nada estruturado ou preparado para oferecer a essas pessoas. E por sabermos que às vezes é um grande risco deixar-se tudo para trás, para se ir para o campo, decidimos avançar para ajudar e facilitar estas mudanças ”, conta Bruno Cardoso, da InovTerra.
Lançado recentemente, este é um projeto que pretende “desenhar um programa e um plano de negócios para que as pessoas venham para o campo e já tenham tudo estruturado, já tenham plantações feitas, para que possam ser felizes e terem o seu trabalho com o máximo de segurança possível”, assegura.
Uma das grandes vantagens do “Campo, chave na mão” é a garantia de escoamento dos produtos com o apoio da InovTerra e ainda de todo o suporte técnico sempre que seja necessário.
Para criar esta “bolsa de terras”, Bruno Cardoso conta que foram conversando com vários proprietários, que por diferentes circunstância já não trabalhavam as terras.
“Temos esse princípio de agarrar nas terras, algumas que até já foram abandonadas, mas tentamos aquelas que ainda é possível restituir a produção, e algumas estão já a produzir. Terras que as pessoas já não têm capacidade para cuidar delas e que está na hora de as passarem a quem o possa fazer”, conta.
Quanto ao custo deste investimento no mundo rural, “há uma renda, que varia dependendo do terreno e do cultivo, onde está incluída a casa, e garantimos a assistência técnica”, explica Bruno Cardoso.
Com a chegada do novo quadro comunitário e os apoios para agricultores jovens e não jovens, o responsável acredita que este é o momento certo para avançar com projetos como este.
“Penso que este é o timing certo. Estão todas as condições reunidas. Agora é escolher o terreno e… Seja bem-vindo ao mundo rural!”, remata.
A InovTerra tem sede em Vila Pouca. Salzedas, no concelho de Tarouca e assume-se como uma “associação juvenil que promove o desenvolvimento local, a dinamização dos jovens, a sustentabilidade ambiental, a criação de valor na região onde estamos inseridos (Douro Sul) e o aumento da taxa de ocupação por população que queira regressar às origens”.