Diário

Cavalhadas de Teivas querem levar Dança da Morgadinha à UNESCO

Desfile volta a não se realizar este ano. Organização prepara recolha de materiais para entrar no inventário nacional do património

As Cavalhadas de Teivas querem levar a sua tradicional Dança da Morgadinha à UNESCO e ao estatuto de Património Imaterial da Humanidade.

Este é o objetivo deste ano da organização do cortejo que volta a não desfilar este ano por causa da Covid-19. Já é a segunda vez que estas Cavalhadas não vão passar pelas ruas de Viseu, à semelhança do que já acontece com as de Vildemoinhos.

Para garantir a candidatura à UNESCO, a organização de Teivas vai fazer uma recolha com vista à inscrição da Morgadinha no inventário nacional do património cultural.

Em declarações ao Jornal do Centro, a responsável pela Associação das Cavalhadas de Teivas, Alexandra Sá, refere que este poderá ser “o princípio” para a candidatura a Património da Humanidade, que vai ser construída passo a passo.

“Não faria sentido começarmos pelo fim. Temos de começar realmente com uma base sólida e uma boa recolha de informação. Temos de desenvolver este potencial”, explica.

Para esta recolha, a Associação das Cavalhadas de Teivas aceita testemunhos, fotografias, vestidos e vídeos “para termos o nosso portefólio documentado”. Para isso, será criado um novo centro de estudos.

Já a 20 de junho, dia do tradicional desfile, as Cavalhadas de Teivas vão-se representar apenas por um carro alegórico no Rossio, sem qualquer desfile a sair da aldeia.

Alexandra Sá diz que o carro terá como temática o tema da cidade jardim. “Iremos fazer um apontamento só e apenas com este carro e a vinda da Dança da Morgadinha ao espaço”, resume.

No ano passado, a Associação de Teivas entrou no livro dos recordes do Guinness, com o maior vestido do mundo, que tem uma altura de oito metros e um centímetro. O vestido foi apresentado a 21 de setembro, dia do feriado municipal em Viseu.