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A plataforma Já Marchavas acusa a Câmara de Viseu de ter uma postura conservadora relativamente à comunidade LGBTQIA+ e de inviabilizar iniciativas que chamam a atenção para as questões de não discriminação de género e orientação sexual. A autarquia rejeita as acusações e lembra que a 17 de maio (Dia Internacional contra a homofobia, transfobia e bifobia) foi hasteada a bandeira no Teatro Viriato, mas que não está prevista nenhuma iniciativa neste mês de junho (mês do orgulho gay). Questões protocolares e técnicas inviabilizam hastear a bandeira nos Paços do Concelho, justifica a autarquia.
“A Câmara recorre à repetida justificação de não o fazer [hastear a bandeira] por questões protocolares e por questões técnicas. Outros municípios já usaram esta narrativa, como a Câmara Municipal da Covilhã, tendo acabado por hastear e mesmo iluminar a fachada do edifício dos Paços do Concelho com as cores da bandeira. Acreditamos que também o município de Viseu chegará à mesma conclusão que a viabilização desta causa apenas depende da vontade política”, assinala a plataforma.
De acordo com o relato feito pelo movimento, em maio a plataforma reuniu com a vereadora da Cultura e Ação Social para propor várias iniciativas ao município que viabilizassem as questões de não discriminação de género e orientação sexual, mas as respostas não foram positivas.
“Foram apresentadas várias propostas, entre as quais a Casa Amarela e outros espaços museológicos, mas o executivo acabou por recusar a proposta de dinamização de uma programação que assinalasse este dia, desculpando-se com a intensa programação da rede de museus municipais”, lamenta a plataforma. O movimento queixa-se ainda do município ter um Plano para a Igualdade que “mostra ser uma nulidade no que toca ao combate à discriminação em razão da orientação sexual, identidade de género e características sexuais”
Já a vereadora da Cultura assume que “não há nenhuma má vontade”. “Nós não recusámos nada à plataforma. Aliás, a bandeira foi hasteada a 17 de maio no Teatro Viriato (a pedido da Associação Atitude Coletiva). No ano passado, por exemplo, foi hasteada na Biblioteca Municipal e a plataforma fez lá uma exposição. O que nós dissemos é que os espaços têm programação própria e não estão disponíveis em determinadas datas. O que há aqui são divergências temporais”, esclarece Leonor Barata que admite
A vereadora, que diz estar surpreendida com a posição da plataforma, assinala ainda que o município tem um Plano de Igualdade que foi aprovado em março do ano passado e que contempla já as causas LGBT. “A autarquia dispõe-se a rever este plano para contemplar todas as questões que foram levantadas pela plataforma”, assegura a vereadora.