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A região do Douro vai ser oficialmente a Cidade Europeia do Vinho para o próximo ano. O anúncio foi feito esta quarta-feira (15 de junho) pela Comunidade Intermunicipal, que integra vários concelhos do norte do distrito de Viseu.
“O Douro Património da Humanidade será, assim, uma referência europeia no vinho, na vinha, na cultura e na celebração harmoniosa da natureza e obra secular realizada por gerações de durienses”, afirmou a CIM depois da aprovação da Douro quer ser Cidade Europeia do Vinho em 2023 que teve lugar em Bruxelas, na Bélgica.
“All Aroud Wine, All Around Douro” foi o lema da candidatura do Douro a Cidade Europeia do Vinho 2023, apresentada por uma representação dos autarcas da CIM e da Confraria dos Vinhos do Douro. “Esta candidatura é um dos maiores desafios coletivos que o Douro já assumiu em toda a sua História, materializando o desejo e o pulsar de toda uma região”, acrescentou a comunidade intermunicipal.
“Com esta vitória acalentamos o desejo legítimo de que o Douro, um grande contribuinte das exportações nacionais, faça do vinho e da vinha uma alavanca concreta e real para o desenvolvimento da sua economia e riqueza de quem aqui vive e trabalha”, refere ainda a CIM na sua nota. A candidatura juntou todos os 19 concelhos que integram a entidade intermunicipal.
A CIM acrescentou que, com a Cidade Europeia do Vinho, a região “vai transmitir, representar e será uma marca económica, social e cultural com notoriedade, um exemplo de interação harmoniosa do Homem com a Natureza”.
“Depositamos na essência deste projeto esse espírito autêntico e solidário do Douro, a região vitivinícola demarcada e regulamentada mais antiga do mundo, que este ano está a comemorar os seus 20 anos de Património da Humanidade, um cartão-de-visita mundial”, salientou frisando ainda que a aprovação da candidatura representa uma oportunidade para a região atingir sustentabilidade económica e a valorização do vinho produzido por 22 mil produtores.
“O Douro é uma região que atravessa um momento difícil, cujos custos de produção de vinho são os mais elevados do País, fruto da orografia das vinhas e agravado pelo aumento dos preços dos produtos indispensáveis à viticultura. A falta de equilíbrio dos custos de produção face aos valores granjeados com as vendas, impede que esta região conheça a sustentabilidade económica geradora do crescimento e do desenvolvimento”, reconheceu.
O projeto, acredita a CIM, poderá “alavancar” a estratégia de futuro da região, combatendo a desertificação e o estigma do interior, abrindo também o Douro ao mundo.
“Esta é uma oportunidade para promovermos o enoturismo, para podermos receber condigna e amplamente os visitantes, para mostrarmos o vinho como elemento estratégico e essência da nossa atividade económica. O Douro, património consagrado e aclamado à escala mundial, está preparado para o desafio. Um desafio que passa pelo crescimento turístico, assente no vinho, na vinha, na paisagem e no património”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara do Peso da Régua, trata-se uma conquista considerada “um grande e merecido prémio para a região”. A cidade já tinha tentado o título em 2018 e dessa experiência resultou uma candidatura de âmbito regional.
“É um grande prémio para a região, um prémio merecido e que nos vai ajudar também àquilo que tem sido o trabalho da Comunidade Intermunicipal (do Douro), que é cada vez ter mais preocupação com aquilo que é o nosso desenvolvimento económico, a sustentabilidade de todo o território”, disse José Manuel Gonçalves à agência Lusa.
O autarca explicou à Lusa que “vai haver agora um período de preparação, de consolidação de projetos, e em 2023 é que vai ser o ano pleno da candidatura”. “Acima de tudo vai haver um conjunto diversificado de atividades que agora vão ser consolidadas em projetos mais efetivos”, sustentou.
Para desenvolver estas atividades, o autarca de Peso da Régua salientou que o Douro tem a expectativa de poder “ter um financiamento acrescido” por parte de entidades como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e do Turismo.
A Cidade Europeia do Vinho será portuguesa em 2023, sendo que foram apresentadas três candidaturas a esta distinção promovida pela Rede Europeia das Cidades do Vinho.