Diário

FICA promove a vaca Arouquesa, uma raça em extinção que pode prevenir os incêndios na região

Castro Daire vai ser, durante quatro dias, a capital da raça Arouquesa. Com cada vez menos cabeças de gado, esta raça enfrenta perigo de extinção. Os produtores optam por raças mais lucrativas e os jovens continuam a abandonar a região

Fotógrafo: Câmara de Cinfães

A Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Castro Daire (FICA) de 2023 começou na quinta-feira, com um espetáculo de José Malhoa. Até domingo, Castro Daire será ponto central de referência na região de Viseu. Um produto em específico, contudo, coloca Castro Daire na dianteira, tanto a nível regional como nacional: o gado bovino de raça Arouquesa. Esta raça de vacas ganhará especial destaque durante o fim de semana, com a Grande Chega de Bois, a realizar-se pelas 15h00 no antigo campo de futebol do Barro Branco no dia 23 de setembro. Já no domingo, realizam-se o Concurso Pecuário de Gado Bovino às 08h00, e o Desfile Tradicional de Carros de Vacas, Cavaleiros e Folclore, com início marcado para as 14h30.

Em conjunto com os concelhos de Cinfães e Arouca, o município de Castro Daire é responsável por mais de 50% da produção anual de carne Arouquesa, um produto com denominação de origem protegida. De acordo com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, esta carne distingue-se das demais por ser “suculenta, ligeiramente húmida, particularmente apta para ser assada na brasa ou grelhada em chapa apropriada”. Para que esta carne seja produzia, o gado de raça Arouquesa deve ser explorado respeitando os métodos tradicionais de aproveitamento de pastos.

Ao Jornal do Centro, Manuel Cirnes, secretário-geral da Associação Nacional dos Criadores da Raça Arouquesa, explicou que esta é uma “raça que vive do extensivo”.


(Para ler na íntegra na edição do Jornal do Centro)