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Centenas de alunos do distrito de Viseu ficaram esta segunda-feira (28 de novembro) sem almoço devido à greve dos trabalhadores das cantinas concessionadas em escolas, hospitais, fábricas e serviços. A paralisação levou ao fecho dos refeitórios.
Afonso Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Hotelaria, Restauração e Turismo e Similares do Centro, diz ao Jornal do Centro que não podia avançar números concretos, mas adiantou que a greve de hoje fez com que os almoços não fossem servidos em várias escolas de Viseu, Aguiar da Beira e Nelas. Só no concelho de Viseu, “mais de dezena de escolas primárias não receberam a alimentação”, declarou.
“O que vamos registando neste momento é uma adesão significativa em todo o distrito”, continuou.
A greve também está a ter impacto no Hospital de Lamego, onde “se sentem dificuldades no serviço de alimentação”. No Centro Hospitalar Tondela Viseu não houve greve porque os funcionários da cantina trabalham para os SUCH.
Na região centro, e segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Hotelaria, Restauração e Turismo e Similares, foram afetadas centenas de cantinas em escolas, prisões, centros de emprego, escolas e em fábricas.
Afonso Figueiredo revela ainda que estão a registar-se alguns bloqueios à greve, pelo que o sindicado vai avançar com queixas para a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
“No Centro Escolar Centro de Santa Comba Cão foi-nos relatado que face à adesão das trabalhadoras daquele refeitório, estavam a ser chamados outros funcionários da escola, nomeadamente trabalhadores da Biblioteca e outros assistentes operacionais, para irem para a cozinha fazer o trabalho que não lhes compete, violando o direito à greve. Esta situação é inaceitável e vamos reagir pedindo a intervenção da ACT”, disse.
A greve foi convocada para exigir uma revisão da tabela salarial, aumentos, reconhecimento de antiguidade dos trabalhadores e valorização do trabalho ao sábado e domingo.
A maior parte dos trabalhadores do setor, com o aumento do salário mínimo nacional (SMN) em 2023, irá passar a ganhar esse valor (o valor anterior é ‘engolido’ por essa atualização), sendo necessária uma atualização até para diferenciação do salário entre as diferentes categorias do setor.
O Sindicato da Hotelaria e Restauração do Centro alerta ainda para a situação de “injustiça” que se começa a verificar na transferência de competências para os municípios na área da educação, com trabalhadoras das cantinas escolares a verem o seu posto de trabalho em risco.