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25 de 11 de 2021, 17:51

Diário

Máscara obrigatória em espaços fechados. Novo ano começa sem aulas e sem discotecas

Governo anunciou esta tarde novas medidas de contenção da pandemia. País vai ter semana de "contenção de contactos" nos primeiros dias de janeiro. Teletrabalho volta a ser recomendado e certificado volta a ser obrigatório em restaurantes

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O Governo anunciou esta tarde de quinta-feira (25 de novembro) novas medidas de prevenção contra a Covid-19 em altura de quinta vaga da pandemia.

Portugal Continental vai passar a estar em situação de calamidade a partir de 1 de dezembro, anunciou o primeiro-ministro António Costa.

Com o novo decreto decidido em Conselho de Ministros, a máscara passará a ser obrigatória em espaços fechados e também em todos os recintos não-excecionados pela Direção-Geral da Saúde.

Além disso, o certificado digital de vacinação passa a ser obrigatório no acesso a restaurantes, hotéis, estabelecimentos de alojamento local, eventos com lugares marcados e ginásios.

Já o teste negativo deve ser obrigatório, mesmo para vacinados, para que possam entrar em lares, discotecas, bares, grandes eventos sem lugares marcados e recintos desportivos ou improvisados, bem como para visitar doentes nos hospitais. Ainda nos lares, António Costa frisou que os familiares não estão impedidos de fazerem visitas.

O teletrabalho volta a ser recomendado e a testagem terá de ser feita de forma regular. Já depois do Ano Novo, de 2 a 9 de janeiro, haverá uma semana de contenção de contactos, sobretudo fora do contexto familiar, com teletrabalho obrigatório, discotecas encerradas e o regresso às aulas a partir do dia 10.

António Costa justifica esta decisão com a necessidade de “aprender com a experiência” que levou ao segundo confinamento no início deste ano e garantiu que os bares e as discotecas serão compensados pelo encerramento temporário.

Para as fronteiras, também será preciso trazer teste negativo para todos os voos que cheguem a Portugal. Caso contrário, as companhias aéreas serão multadas com coimas de 20 mil euros por cada passageiro desembarcado em Portugal que não esteja devidamente testado. Sanções essas que podem culminar na suspensão das licenças de voo para território nacional.

António Costa justifica estas novas restrições como sendo “medidas adequadas e proporcionais aos estado em que o país se encontrar”, sendo elas preventivas com vista a evitar o alastramento do novo coronavírus.

O primeiro-ministro apela ainda que, em véspera dos encontros familiares, se façam autotestes. O chefe do Governo reconhece que o Natal é um momento de encontro e que isso representa "um maior risco", enaltecendo também o agravamento da matriz de risco com uma incidência de 251,3 casos por 100 mil habitantes no Continente e uma taxa de transmissibilidade Rt de 1,20.

O primeiro-ministro garantiu ainda que o esforço da vacinação vai prosseguir, anunciando o reforço das estruturas de vacinação até 19 de dezembro, data em que devem estar vacinadas com a terceira dose todas as pessoas com mais de 65 anos que tenham tido a vacinação completa há mais de cinco meses, incluindo recuperados, além de pessoas com mais de 50 anos que receberam a vacina da Janssen.

António Costa lembrou que Portugal tem sido o país europeu com a mais alta taxa de vacinação e que, graças a isso, “tem tido um menor número de internamentos, de internamentos em UCI e sobretudo tem tido menos óbitos”, concluindo que a vacinação tem salvado vidas.

Após apontar a vacinação como fundamental para a continuação do combate à pandemia da Covid-19, António Costa revela ainda que “o Governo assegurou adquirir atempadamente o número de vacinas necessárias” para os portugueses que precisem.

Sobre a vacinação de crianças, o primeiro-ministro espera que as autoridades de saúde se pronunciem e que os pais decidam, mas garantiu que o país está preparado para vacinar as crianças elegíveis com a Pfizer.

No dia 20 de dezembro chegam as primeiras vacinas e em janeiro as restantes. “Caso se essa a decisão, temos as condições para proceder à vacinação recomendada.”