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18 de 05 de 2024, 16:59

Diário

Mata do Fontelo, em Viseu, a caminho de ser Monumento Nacional

Ministra da Cultura anuncia classificação. Fernando Ruas anuncia reabilitação dos jardins renascentistas e antigo paço episcopal, atual Solar do Dão

A mata do Fontelo, em Viseu, vai ser monumento nacional, um processo de classificação que já está em andamento anunciou este sábado a ministra da Cultura. Uma decisão que deixou o presidente da Câmara “feliz” e que releva “a importância deste espaço” que a autarquia quer reabilitar.
“Cada lugar, cada região, tem os seus tesouros, por vezes pouco valorizados. Hoje vou falar de uma jóia da arquitetura paisagista do Renascimento que urge classificar como Património Nacional, a Mata do Fontelo”, disse Dalila Rodrigues, a ministra que quis assinalar o Dia Internacional dos Museus em Viseu, no espaço onde já foi diretora – Museu Nacional Grão Vasco.

Para Dalila Rodrigues, “deve ser adequadamente reconhecido o interesse histórico-cultural e artístico do Fontelo, através da sua classificação como monumento nacional, submetendo-o, desta forma, à tutela especial do Estado prevista na Lei de Bases do Património Cultural”.
Segundo a ministra, o Fontelo tem uma história patrimonial secular, mas, “infelizmente, pródiga também em destruições”.
Recordando que o Fontelo (jardins, capelas e Paço Episcopal – atual Solar do Dão), teve o seu período de maior esplendor no século XVI, com a direção na Diocese de D. Miguel da Silva, a ministra recordou os estudos já feitos, no sentido de valorização deste local, designadamente pela ESEV e pelo projeto VIAS, no qual esteve envolvida.

Para Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, este anunciou chega em “boa hora” e complementa a ideia que a autarquia já vinha a desenvolver de recuperar os jardins renascentistas e o Solar do Dão, antigo Paço Episcopal, e que serve agora de sede da Comissão Vitivinícola Regional do Dão.
“É um equipamento municipal que vai ter o estatuto de monumento nacional e tem logo as vantagens que vai ser a tutela a dar-lhe dignidade, que se junta a um objetivo nosso mas tínhamos alguma dificuldade que era aproveitar aquele jardim renascentista que é do tempo de Francisco de Carmona, o arquiteto que D. Miguel da Silva trouxe e que tem sido ocupados com viveiros municipais. Esta é a única possibilidade de recuperar aqueles jardins renascentistas”, sublinhou o autarca.