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07 de 04 de 2021, 21:26

Diário

Óbito/Jorge Coelho: Distrital do PS Viseu fala em “referência maior”

“Era um defensor das nossas causas", diz José Rui Cruz

José Rui Cruz zé rui cruz

Jorge Coelho era uma pessoa “com muita referência” na região e “uma voz de força” que se juntava ao PS que tinha nele um “forte aliado”, contou o presidente da distrital socialista de Viseu.

“Era um defensor das nossas causas, uma voz que se juntava às nossas reivindicações, junto do poder central. A voz dele dava-nos força e de repente acontece isto”, reagiu José Rui Cruz à agência Lusa após tomar conhecimento pelos “inúmeros telefonemas” que recebem em poucos minutos.

O presidente da distrital do PS de Viseu disse que “era uma pessoa com muita referência na região, porventura, em termos políticos a pessoa com mais visibilidade, com mais força e uma voz muito ouvida e respeitada e não só internamento” no partido.

“Estava ligado à associação empresarial, ao grupo Visabeira, era uma referência em toda a região com muito boas ligações a todo o Governo e tinha amigos em todos os partidos, porque fez amigos toda a sua vida e era um aliado forte que tínhamos ali e que agora ficamos todos mais debilitados”, assumiu.

José Rui Cruz adiantou que “é uma perda enorme para todos e para o distrito” de Viseu e lembrou que “nem se imiscuía dentro do partido, participava quando era chamado e estava sempre disponível e era uma voz muito mais alargada de que o PS”.

José Rui Cruz lembrou a morte no domingo do presidente da Câmara de Viseu, o social democrata António Almeida Henriques, aos 59 anos, vítima de covid-19, e, nesse sentido lamentou que numa semana, Viseu tenha perdido duas referências”.

“Cada uma com a sua dimensão e importância, mas foram duas figuras muito novas que partiram e que eram vozes de referência na região”, disse.

Jorge Coelho, ministro dos governos liderados por António Guterres entre 1995 e 2002, morreu hoje, segundo fonte do PS, vítima de paragem cardíaca fulminante.

Jorge Coelho foi ministro de três pastas: ministro Adjunto; ministro da Administração Interna; ministro da Presidência e do Equipamento Social.

A partir de 1992, com Guterres na liderança, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de outubro de 1995.

Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, Jorge Coelho era empresário, mas continuou sempre a acompanhar a atividade política, como comentador de programas como a Quadratura do Círculo, na SIC Notícias e TSF, mas também como cidadão.

Jorge Coelho marcou a atividade política ao demitir-se do cargo de ministro do Equipamento do executivo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios em 04 de março de 2001, alegando que "a culpa não pode morrer solteira".