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Ordem dos Médicos em contacto com autoridades para repatriar jovens retidos no Peru

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 Ordem dos Médicos em contacto com autoridades para repatriar jovens retidos no Peru
16.12.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Ordem dos Médicos em contacto com autoridades para repatriar jovens retidos no Peru
26.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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A Ordem dos Médicos portugueses anunciou que está empenhada no repatriamento imediato de sete jovens médicos portugueses retidos no Peru e que já encetou contactos com entidades internacionais para a integração dos jovens num corredor humanitário que venha a ser criado.

Desde domingo que um grupo de portugueses, entre eles dois jovens de Sátão, concelho de Viseu, estão na cidade de Arquipe, sem data de regresso.

“A Ordem dos Médicos manifesta solidariedade institucional e pessoal aos sete médicos recém-diplomados pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e, na sequência de todas as diligências efetuadas, foram remetidas cartas para sensibilizar as autoridades peruanas para agilizar o regresso destes médicos a Coimbra, com a maior celeridade possível”, lê-se no comunicado que é assinado quer por Miguel Guimarães (bastonário da Ordem), quer por Carlos Cortes ( presidente da Secção Regional do Centro) e onde afirmam que estão a envidar todos os esforços para trazer para Portugal os médicos retidos no Peru, desenvolvendo diligências no sentido de acautelar a sua integração num corredor humanitário através de Lima, a capital daquele país que enfrenta atualmente fortes restrições de circulação.

“Os médicos supracitados são muito importantes para o regular funcionamento do Sistema Nacional de Saúde, especialmente em virtude da atual pressão sentida nas urgências dos hospitais portugueses, tanto devido ao grande afluxo de doentes, como à grave escassez de capital humano no SNS”, declara Miguel Guimarães.

“Numa altura em que o País entrou em estado de emergência com o consequente encerramento de aeroportos e outros com acesso limitado, a Ordem dos Médicos reforçou os seus contactos junto das entidades competentes para agilizar o repatriamento. Estes médicos são indispensáveis para integrar o Plano de Contingência de Inverno no Serviço Nacional de Saúde”, assume, por seu lado, Carlos Cortes.

Desde quarta-feira que os pais dos jovens portugueses têm vindo publicamente a apelar à ajuda, lamentando que os seus filhos estivessem por sua conta e risco e que nada ainda tenha sido feito por parte das entidades portuguesas para os retirar de uma forma rápida do país que está em conflito.

Face ao forte tumulto social e ao recrudescimento dos protestos naquele país da América Latina, a Ordem dos Médicos, também através do Departamento Internacional, anunciou que continua a desenvolver a sua intervenção em articulação com as autoridades de modo a prestar todo o apoio necessário para ultrapassar estes acontecimentos no Peru.

“A Ordem dos Médicos está a aprofundar todos os contactos, quer no âmbito das relações institucionais do Fórum Ibero-Americano de Entidades Médicas (que agrega representantes de organizações médicas da América Latina, Caribe e da Península Ibérica), quer com as autoridades diplomáticas nacionais e europeias”, informa.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros há 40 portugueses no Peru – nas regiões de Cuzco, Arequipa e Aguas Calientes (Machu Picchu) – “retidos devido ao encerramento dos aeroportos e da circulação rodo e ferroviária”.
“Todos os cidadãos assinalados encontram-se em segurança e em contacto permanente com as autoridades”, acrescentou o MNE.

Também Marcelo Rebelo de Sousa já falou com alguns dos portugueses retidos no Peru e que há diligências em curso para uma “solução global europeia” de retirada de cidadãos.

O encerramento dos aeroportos peruanos, assim como a interrupção da circulação rodo e ferroviária, está a impedir o regresso a Portugal, segundo relatos dos pais que dizem que os jovens estão em segurança.

Na quarta-feira, o governo da nova chefe de Estado do Peru, Dina Boluarte, decretou o estado de emergência em todo o país, por um período de 30 dias, “para controlar atos de vandalismo e violência cometidos nas manifestações de protesto” contra a destituição do ex-presidente Pedro Castillo.

O ex-presidente foi detido na quarta-feira passada por guarda-costas quando se dirigia à embaixada do México para solicitar asilo político. É acusado de “rebelião” e na quinta-feira o Supremo Tribunal ordenou, a pedido do procurador-geral, que permanecesse em detenção provisória por sete dias.

 Ordem dos Médicos em contacto com autoridades para repatriar jovens retidos no Peru

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