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13 de 10 de 2021, 11:40

Diário

Padre de Viseu envia mensagem de cariz sexual a menor durante festa privada

Pároco está a ser investigado pelo Ministério Público. Sacerdote de 46 anos foi afastado dos serviços da Igreja pelo bispo de Viseu

padre generico

Um padre da Diocese de Viseu está a ser investigado pelo Ministério Público por suspeita de envio de mensagens de cariz sexual, dirigidas a um menor de idade.

A notícia foi avançada na edição desta quarta-feira (13 de outubro) do Correio da Manhã, que revela que o sacerdote em causa, de 46 anos, foi afastado de todos os serviços diocesanos, tendo pedido ao bispo D. António Luciano uma licença sabática de um ano alegando motivos pessoais e também questões de cansaço e saúde.

Ao que o Jornal do Centro apurou, as mensagens foram trocadas numa festa particular, onde o padre era convidado. Pessoas da sua relação confirmaram também que já havia desconfianças há algum tempo, razão pela qual muitos dos amigos se afastaram. "Já se sabia que mais cedo ou mais tarde isto teria que acabar em investigação", disse um amigo próximo do pároco.

O padre terá enviado mensagens escritas para o telemóvel do adolescente, que se sentiu incomodado e mostrou-as ao pai. Este decidiu fazer queixa ao Ministério Público de Viseu.

A investigação decorre há pouco mais de um mês com vista a perceber em que circunstâncias as mensagens foram enviadas, quantas foram e durante quanto tempo decorreram as conversações entre o padre e o menor.

Além destas suspeitas, o Ministério Público também está a tentar averiguar se o padre terá ou não abordado outros menores de idade.

Contactados pelo Jornal do Centro, o padre em questão não atendeu o telefone e o bispo de Viseu estava, à hora do contacto, nas cerimónias religiosas de Fátima.

Mas, segundo avança o Correio da Manhã, D. António Luciano decidiu afastar o padre de forma temporária enquanto decorresse a investigação do Ministério Público, tendo retirado o sacerdote da paróquia que este dirigia, onde o caso gerou desconforto junto dos fiéis. O mesmo padre também deixou de ser dirigente de uma instituição.

O caso surge mais de um ano depois de a Diocese de Viseu ter anunciado que ia criar uma comissão diocesana dedicada à proteção de menores e adultos vulneráveis para lidar sobretudo com casos de abuso sexual.