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Márcia Passos
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Marco Ramos
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Pedro Escada
Durante a tarde deste sábado, dia 14 de outubro, a cidade de Viseu cobriu-se de várias cores durante a sexta Marcha de Viseu pelos Direitos LGBTQIA+. A marcha teve início no Parque Aquilino Ribeiro, também conhecido por Parque da Cidade.
Às 15h30, mais de uma centena de pessoas reuniu-se no relvado do parque, local onde várias entidades que apoiam a marcha aproveitaram para discursar. Durante este período, um tópico manteve-se na ordem do dia: a opressão que as pessoas LGBTQIA+ sofrem em locais como Israel e a Palestina.
O início da marcha aconteceu por volta das 16h30. Passando por locais como o Rossio, a Rua do Comércio, a Praça D. Duarte e a Avenida Capitão Silva Pereira, a cerca de uma centena de pessoas que começou a marcha acabou por chegar ao Rossio já perto das 18h00.
“Liberdade e lutar por podermos ser quem nós somos sem medo de mostrar o que somos realmente por dentro”, afirmou Alexia, quando questionada sobre o que é que a levou a participar na manifestação. “Não ligar para a sociedade, e mostrar que nós existimos e que é bom existirmos. Lutarmos por nós e por todos os que não estão aqui, por todos os que precisam de visibilidade e que não a têm ou não a podem ter nem lutar por ela”, concluiu a jovem, com as cores do arco-íris na face.
Para Francisco, o objetivo de ações como esta é reivindicar um mundo onde “podemos dar voz à nossa liberdade e ser completamente livres”. O jovem levava uma bandeira com as cores do arco-íris como se de uma capa se tratasse. A sua camisola tinha igualmente várias riscas com este padrão. “Podermos mostrar aquilo que somos e que almejamos ser um dia, e que a sociedade pudesse ver isso. É preciso lutarmos todos pelas causas uns dos outros”, acrescentou.
A marcha, contudo, não era composta apenas por pessoas mais jovens, nem exclusivamente por portugueses. Herman e o companheiro, um casal de neerlandeses que nos últimos dois anos divide a sua vida entre os Países Baixos e Viseu, empunhavam duas bandeiras hasteadas em varões de madeira.
“Ninguém escolhe como nasce neste mundo. Algumas cidades de Portugal lutam por isso, e é muito bom, porque caso contrário fica apenas isolado em Lisboa”, explicou Herman. “É bom que outras partes do país possam ter voz também, e é muito importante que haja aceitação pela comunidade LGBTQIA+, mas também é importante para as pessoas que ‘ainda estão no armário’, para que vejam que estamos aqui por elas e a lutar por elas”, concluiu o neerlandês.
Já no Fontelo, junto ao parque das merendas, os organizadores da marcha lerem o manifesto deste ano, cujo mote é: “Pela justiça interseccional, contra a opressão estrutural.”
“Do trabalho à habitação, da saúde à educação, o caminho para a igualdade mostra tardar a cumprir-se”, afirma o manifesto da plataforma Já Marchavas. “Marchamos por isso pela necessidade de uma justiça interseccional, que seja inclusiva e que reconheça e lute contra as múltiplas formas de violência e opressão que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam, pelas suas identidades e expressões de género e características sexuais”, é ainda possível ler-se.