Geral

21 de 10 de 2021, 17:34

Diário

Vaticano diz que faltam dados na investigação ao padre suspeito de assediar menor

Ao Jornal do Centro, fonte do Tribunal Diocesano de Viseu negou a constituição de um tribunal próprio para julgar o pároco de S. João de Lourosa

Igreja de S. João de Lourosa

Fotógrafo: Igor Ferreira

O Vaticano diz que faltam dados no relatório elaborado pela Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis. Por essa razão, a Congregação para a Doutrina da Sé (CDF) determinou que a Diocese de Viseu terá que ‘melhorar’ a investigação feita ao padre suspeito de ter enviado mensagens de caráter sexual a um menor.

Ao Jornal do Centro, fonte do Tribunal Diocesano de Viseu negou a constituição de um tribunal próprio para julgar o pároco de S. João de Lourosa, não sendo “certo que vá haver julgamento aqui” até porque, segundo a mesma fonte, a investigação ainda está em curso.

Além disso, “a CDF achou que não tinha os dados todos que necessitava. Pediu para aprofundar a investigação, antecedentes, etc. Achou que ainda não tinha os elementos suficientes para assumir o caso ou para nos dizer para nós julgarmos”, explicou, adiantando que “se houver julgamento pode ser a própria congregação a fazê-lo ou incumbir o nosso tribunal de o fazer”.

Na possibilidade de ser Viseu a julgar o sacerdote, poderá ser criado um tribunal próprio com três juízes, “que poderão ser de outras dioceses”.

Para além de estar a ser investigado pela Igreja, o sacerdote está a ser investigado pelo Ministério Público, tendo já sido constituído arguido.

Este caso remonta a março deste ano quando o menor de 14 anos terá recebido mensagens de teor sexual, enviadas por padre que, na altura, exercia funções na paróquia de S. João de Lourosa. Em agosto Luís Miguel da Costa, de 46 anos, foi suspenso de todas as atividades que desempenhava.

Na última segunda-feira (18 de outubro), o jovem foi ouvido no Tribunal de Viseu para memória futura.