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03 de 04 de 2023, 16:50

Diário

Violência doméstica é o segundo crime mais participado no distrito de Viseu

Vandalismo, injúrias e ameaças, além da posse e consumo de droga, são os ilícitos em ambiente escolar com maior número de ocorrências

detido crime

A violência doméstica foi o segundo tipo de crime mais participado em 2022 no distrito de Viseu, ultrapassado apenas pela condução com álcool. Numa região onde a criminalidade violenta aumentou, os crimes por ofensa à integridade física, ameaças e burlas informáticas nas comunicações estão entre as tipologias com mais participações junto das autoridades.

O Relatório Anual de Segurança Interna aponta que o vandalismo, as injúrias e ameaças, além da posse e consumo de droga, são os ilícitos em ambiente escolar com maior número de ocorrências. Também houve mais participações por fogo posto.

Em números, em 2022 houve 8 878 participações de crimes, mais 15,3 por cento que no ano anterior. Como já referido, a criminalidade violenta também aumentou e as autoridades registaram 158 queixas. Meia centena foi por resistência e coação a funcionários, 29 por extorsão, 23 por ofensa à integridade física grave, 10 por violação e 6 por roubo por esticão.
No distrito de Viseu, em 2022, foram registadas 247 participações por fogo posto em mato, mais 57 do que no ano anterior. Ocorreram 663 fogos, que destruíram 1.798 hectares de floresta e mato.

Nos crimes gerais mais participados, a maioria continua a ser a condução com álcool, seguindo-se, então, a violência doméstica. De acordo com os dados do relatório, em 2022 houve 990 participações, um aumento de 13 por cento relativamente ao ano anterior.
Este foi um dos crimes que mais aumentou a nível nacional. No ano passado foram abertos 35.626 inquéritos no âmbito da violência doméstica, deduzidas 5.028 acusações e arquivados 22.711 processos, além de 2.514 detidos pelas polícias, mais 23,2% do que em 2021. A violência doméstica aumentou no ano passado 15,1% face a 2021.
“A violência doméstica é uma questão que continua a ser fonte de preocupação e de atenção e vai continuar a ser um dos crimes a que vai ser dada maior atenção na lei de política criminal. Esse é um dos crimes de investigação e prevenção preponderante”, disse a ministra da Justiça, no final da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna.

E no ano passado só nas várias respostas sociais da Casa do Povo de Abraveses, em Viseu, perto de 300 vítimas de violência doméstica procuraram ajuda. Os centros de acolhimento receberam 150 vítimas, entre elas algumas crianças.

Na sua grande maioria, mais de 90%, as vítimas que procuraram o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica são do sexo feminino. Há ainda casos de homens a pedir ajuda e que eram agredidos por outros elementos do sexo masculino. As situações em que as mulheres são agressoras são residuais.