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O narciso é uma pequena planta bulbosa relativamente comum a nível nacional, no entanto, por terras de Carregal do Sal, podemos encontrar uma espécie em particular que, pela sua distribuição geográfica restrita, é protegida pela Rede Natura 2000 – Narcissus Scaberulus.
Pincelando as encostas do rio Mondego de cor, encontramos, agora, narcisos a florir – um motivo de atração botânica, despertando a curiosidade e o fascínio a muitos amantes da natureza.
Esta espécie, cujas cores variam, geralmente, entre o branco e o amarelo, foi minuciosamente descrita, pela primeira vez, por Júlio Henriques, um notável botânico português do século XIX.
Avistada durante os meses de fevereiro e março, a sua raridade deu origem a um percurso pedestre a ela dedicada – PR2 Rota dos Narcissus -, na zona do Circuito Pré- Histórico Fiais/Azenha na Freguesia de Oliveira do Conde concelho de Carregal do Sal.
Desta forma, a Junta de Freguesia de Oliveira do Conde, convida “os caminhantes e apreciadores da natureza a apreciarem esta preciosidade da Natureza e a percorrerem o percurso” – de cerca de 14 quilómetros – “que alia paisagens incríveis, plantas únicas e vestígios megalíticos”.
Curiosidade – A Origem do Nome
Filho de Cefiso e Liríope, “Narciso era um jovem muito belo, que se dedicava à caça com um intenso fervor. A sua beleza física atraíu a atenção de várias ninfas que se apaixonaram pelo moço caçador. Contudo, Narciso desdenhou sempre do amor e nunca correspondeu a nenhuma das suas apaixonadas, mesmo à bela Echo – a ninfa mais duramente atingida pelo desdém do rival de Adónis.
Um dia Narciso, regressando sequioso de uma caçada, debruçou-se, para mitigar a sede, sobre as águas cristalinas de uma fonte. No fundo dessa fonte surgiu, perante os olhos do jovem, uma imagem de tanta beleza que ele jamais pôde esquecê-la (…) e pela qual se tinha apaixonado.
Narciso desesperava-se, e esse amor intenso consumia-o lentamente. Debruçado sobre a fonte, olhos nos olhos daquela imagem tão querida, Narciso acabou por definhar e aí morreu.
O Deus menino e Insignificante – como Narciso chamava ao Amor – do qual tantas vezes desprezava, tinha-se vingado de uma maneira terrível. Os deuses, conhecedores do trágico fim de Narciso, resolveram transformá-lo na planta que tem o seu nome”.
– “Narcisos de Portugal”, por Abílio Fernandes