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13 de 06 de 2021, 15:43

Lifestyle

Os jovens e a tecnologia: não há bela sem senão…

O grupo de Psicólogos em contexto escolar do Observatório do Bem-Estar dos alunos do Concelho de Viseu recolheu alguns indicadores relativamente aos jogos online

observatório

Nos últimos anos tem-se assistido a uma evolução vertiginosa da tecnologia e as novas gerações não passam sem ela, utilizando-a com diversas finalidades.

Os videojogos, por exemplo, sobretudo os jogos online, são hoje uma das atividades preferidas das crianças e dos jovens e, apesar dos vários aspetos positivos que lhe podem estar associados, nomeadamente no desenvolvimento cognitivo, aprendizagem e interação social, não está isento de riscos.

Alguns estudos alertam para o impacto negativo que a utilização abusiva e desadequada dos videojogos pode ter no ajustamento psicológico, desempenho académico, relacionamento social, bem como no risco de desenvolvimento de comportamentos de dependência e/ou de outras perturbações, prejudiciais ao bem-estar psicossocial das crianças e adolescentes. Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde, o tempo de jogo não deve exceder as duas horas por dia.

O grupo de Psicólogos em contexto escolar do Observatório do Bem-Estar dos alunos do Concelho de Viseu recolheu alguns indicadores relativamente aos jogos online, durante o primeiro confinamento, em maio de 2020. Foi possível perceber que num total de 3188 alunos, 980 (30.7%) jogam todos os dias ou quase todos os dias (principalmente os rapazes) e 1007 (31.6%) nunca jogam (sendo este número maioritariamente de raparigas). Parece que, durante o primeiro confinamento, jogar online foi uma estratégia que as crianças e jovens encontraram para lidarem com as emoções negativas.

No entanto, os alunos que jogam com mais frequência acabam por ler e estudar menos e não explorar atividades novas, o que não favorece o aumento dos níveis de bem-estar nestes alunos.
Tal como noutras áreas de vida, o importante é encontrar o equilíbrio certo e prevenir excessos, tendo os pais um papel determinante no estabelecimento de regras no uso de videojogos e supervisão do tempo de jogo, através de uma atitude atenta, compreensiva e firme mas, também, disponível para a negociação.