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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
A nova barragem de Fagilde deverá estar a funcionar em “velocidade cruzeiro” em 2031 e com o dobro da capacidade. Vai ser construída a 100 metros da atual infraestrutura, que tem 41 anos, e que será depois destruída. Há, para já, um financiamento garantido de 15 milhões de euros (através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional – CCDR) dos 30 milhões necessários. O projeto foi apresentado esta segunda-feira em Viseu pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)
e a ministra do Ambiente assegura que o restante financiamento será encontrado.
“Não é algo que me preocupe para completar o financiamento já disponibilizado pela CCDR Centro. Isso será resolvido. O que é importante é começar com o projeto”, sustentou Maria da Graça Coelho.
A ministra do Ambiente admitiu que há outros problemas que poderão existir pelo caminho, mas que é essencial que tudo esteja executado até 2029. “Preocupa-nos mais, neste momento, as dificuldades administrativas, de litigância ou falta de mão de obra especializada do que financiamento”, reforçou.
“Nós temos várias fontes de financiamento. Temos no Ministério do Ambiente o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Plano Operacional Sustentável e estamos a proceder a várias reprogramações. Neste momento, a nossa maior preocupação é executar o financiamento em bons projetos”, realçou ainda.
O mesmo “sentido de urgência” foi deixado por José Pimenta Machado. O presidente da APA (dona da obra) reforçou a necessidade de execução até 2029 para que não seja perdido o valor já “guardado” pela CCDR e que ainda há um “caminho longo pela frente”. “Vamos entrar numa fase que é fazer o projeto de avaliação do impacto ambiental em paralelo com o projeto de execução. Creio que ano e meio está feito. Depois lançar o processo concursal para a empreitada, depois abrir o convite para financiar a empreitada. Portanto, há aqui um caminho pela frente ainda longo até chegar a 2029 e ter aquilo executado porque está é a data em que termina o fundo e temos de o cumprir. E esse tem de ser o trabalho entre nós, as Águas de Portugal e os Municípios”, disse, mostrando-se convencido que em 2031 a nova barragem esteja operacionalizada, construída e a funcionar.
Pimenta Machado falou de um projeto importante para a região de Viseu e que a nova barragem é a melhor solução. “Vamos duplicar o volume de armazenamento da água e com isto, apontam os estudos, posso dizer que vamos ter zero falta de água no futuro”, sustentou, deixando o desafio para que os municípios pensem num projeto complementar do ponto de vista energético com a criação de uma mini-hídrica.
A nova barragem de Fagilde vai ser construída cerca de 100 metros a jusante da atual. A cota vai passar dos 310 para os 314 metros e duplicar a capacidade de armazenamento dos atuais 3,84 hectómetros cúbicos para 7,78 hm3. A altura máxima acima do leito vai ser de 22,5 metros.
A barragem serve 140 mil pessoas dos concelhos de Viseu, Nelas, Mangualde e Penalva do Castelo.
Para o presidente da Câmara de Viseu, está dado mais um passo num “processo que se vem falando há imenso tempo” e que começou com uma nova etapa em março de 2022 quando a APA pediu à Câmara de Viseu para avançar com o estudo de uma solução para a Barragem que deixou de ser eficiente.
Na apresentação do estudo esteve apenas presente o autarca de Nelas que satisfeito por ter visto agora uma nova etapa no processo de construção da barragem, mantém algumas reservas quanto à forma de financiamento. Joaquim Amaral, a quem não tinha sido dado a conhecer o estudo que estava pronto há cerca de um ano, falou num momento que é agora “um ponto de partida” e não “a parte final”.
O presidente da Câmara de Nelas espera que as autarquias servidas pela barragem tenham um papel mais ativo e espera mais clarificação quanto ao financiamento e exploração deste equipamento.
Ausentes estiveram os autarcas de Penalva do Castelo e Mangualde, este último tinha já avançado ao Jornal do Centro a sua indignação por não ter sido “ouvido nem achado” neste processo.