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Quando tinha seis anos e começou a ouvir expressões como “uchi-mata” ou “sode tsurikomi goshi”, Rodrigo Boavida estava longe de imaginar que acabava de nascer nos tapetes do Judo Clube de Viseu uma das paixões da sua vida. “Uchi-mata” e “sode tsurikomi goshi” são movimentos de uma arte marcial que até há poucos meses fez parte do dia a dia do jovem viseense.
Rodrigo tem hoje 22 anos e durante quase década e meia tratou o judo por tu. Fez uma pausa, garante, por motivos de força maior. Está agora a tirar mestrado fora de Viseu e está já a trabalhar. Afinal, não viu no judo a estabilidade de que precisava. Os apoios não chegaram e teve de dizer até já à modalidade. “Quando falamos de modalidades que não atribuem aos atletas ajudas monetárias suficientes para viver, torna-se difícil. Às vezes temos de prescindir do que gostamos, para conseguirmos um futuro mais certo, um percurso mais estável. Mas não fico feliz”, reconhece.
“Falta mais apoio e reconhecimento. Há muita gente que não sabe o que é o desporto para além do futebol. Não sabe o que implica ser desportista de alta competição, sem ser o futebol. Existe muito trabalho por trás. E esse trabalho não é suficientemente recompensado para manter o talento que existe no desporto nacional. Há mesmo muito talento desperdiçado porque não há apoio”, revela.
(Ler trabalho completo na edição impressa desta sexta-feira, 17 de novembro, do Jornal do Centro)