No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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O Cancro oral é definido pelo conjunto de tumores malignos que podem atingir qualquer localização na cavidade oral, dos lábios à garganta, incluindo as amígdalas e a faringe.
É o 6º cancro mais comum em todo o mundo, afetando mais frequentemente pessoas do sexo masculino, após os 40 anos de idade e aumentando consideravelmente até aos 65 anos. Alguns estudos têm revelado um aumento deste tipo de cancro, principalmente, em adultos mais jovens e em mulheres.
Entre os principais fatores de risco encontram-se, a exposição solar crónica (muito associada a cancro na porção vermelha do lábio), o consumo de tabaco e/ou de álcool, muitas vezes, associados a um estilo de vida menos saudável, com reduzida ingestão de vegetais e frutas, pobre em agentes anti-oxidantes e que pode predispor ao aparecimento de lesões nas restantes localizações da cavidade oral.
A localização mais frequente destas lesões são: no bordo lateral da língua, no pavimento da boca (por baixo da língua), na parte vermelha do lábio inferior, na gengiva ou rebordo alveolar sem dentes, na mucosa jugal (bochechas) e no palato mole (região posterior do “céu da boca”).
Na generalidade, a maior parte das lesões surge sem causar dor, tornando-se, com o passar do tempo, progressivamente dolorosas. Mas existem alguns sinais e sintomas orais mais comuns, para os quais se deve estar alerta:
• Aparecimento de uma mancha, geralmente branca ou avermelhada;
• Crescimento (saliência) de “parte” de tecido oral;
• Área mais ou menos endurecida;
• Úlcera (ferida) que não cicatriza;
• Mobilidade dentária;
• Dor ou perda de sensibilidade sem causa aparente;
• Dificuldade em engolir ou mover a língua;
• Presença de gânglios aumentados (caroços/nódulos).
Apesar de todos os avanços que se têm registado no tratamento, (cirurgia, radioterapia, quimioterapia) a taxa de sobrevivência, 5 anos após o diagnóstico, mantém-se próxima dos 50 a 55%. Considera-se que a principal dificuldade em reduzir estes valores está associada ao diagnóstico tardio da doença, por isso, quanto mais cedo forem diagnosticadas as lesões, maior é a taxa de sobrevivência da pessoa.
A consulta regular de Medicina Dentária, para além do despiste e tratamento das doenças orais mais comuns como a cárie, gengivite ou periodontite, permite diagnosticar, numa fase inicial, muitas das lesões potencialmente cancerígenas, contribuindo para uma maior taxa de sobrevivência.
Lembre-se que:
• O risco de desenvolver cancro é 5 a 9 vezes maior em fumadores, do que em não fumadores!
• O consumo associado de tabaco e álcool aumenta a possibilidade de vir a desenvolver cancro na cavidade oral, em cerca de 3 a 9 vezes!
Evitar estes comportamentos é a maior ajuda para a prevenção do Cancro da Cavidade Oral!!
Fátima Agripina Martins – Médica Dentista na URAP ACeS Dão Lafões, em colaboração com a UCC Viseense
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