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O crime que deixou uma aldeia quase desabitada e que hoje faz parte da UNESCO

Há 25 anos, um homicídio seguido de suicídio colocou a nu as consequências dos lugares com população envelhecida e exemplo do êxodo rural. S. Xisto, em S. João da Pesqueira soube, ainda assim, reinventar-se depois do homem que matou a mulher e dois vizinhos

 O crime que deixou uma aldeia quase desabitada e que hoje faz parte da UNESCO
18.01.25
fotografia: Jornal do Centro
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 O crime que deixou uma aldeia quase desabitada e que hoje faz parte da UNESCO
18.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 O crime que deixou uma aldeia quase desabitada e que hoje faz parte da UNESCO

A pacata aldeia de São Xisto (UNESCO), no concelho de São João da Pesqueira, foi palco de um trágico incidente que resultou na morte de quatro dos seus sete habitantes. Foi há 25 anos, a 21 de janeiro. As consequências ficaram além da história do homem que cometeu um triplo homicídio seguido de suicídio. 

Eram sete. Ficaram apenas três e há mais de uma década que o último morador abandonou esta aldeia que, entretanto, sobre as memórias de uma tragédia soube reinventar-se. Hoje, faz parte das Aldeias do Xisto e integra a Região classificada pela UNESCO como Património Mundial. É um lugar turístico e “casa” secundária de quem ainda lá vai passar fins de semana. 

O silêncio é agora atração. Muito diferente do silêncio que há 25 anos tomou conta deste lugar. 

Era o final de tarde de uma sexta-feira. A tragédia teve como autor Jusmino Vila Real, de 60 anos, que teria agido motivado pela desconfiança de que a esposa o estaria a trair. 

As vítimas foram a sua esposa e dois vizinhos. Após os crimes, Jusmino retornou à sua residência, onde tirou a própria vida. 

De acordo com as autoridades, Jusmino terá começado por assassinar a esposa, Maria Alice Ribeiro, de 64 anos, na própria casa do casal. Em seguida, saiu à rua e matou Ernesto Ermidas, de 77 anos, e Etelvina Lopes, de 76, um casal vizinho.

Os tiros foram ouvidos cerca das 17h00 pelos dois únicos habitantes presentes na aldeia além das vítimas e que não desconfiaram de imediato do que estava a acontecer. Segundo os relatos daquele dia, as testemunhas pensaram que o autor dos disparos, que era caçador, estaria a limpar as armas, prática que era habitual. 

O alarme acabou por ser dado por trabalhadores da construção civil que estavam nas proximidades. Ao passarem pela rua, encontraram os corpos de Ernesto e Etelvina caídos na via pública, entre as casas dos dois casais. A GNR foi imediatamente acionada e, ao chegarem, encontraram Maria Alice e Jusmino mortos dentro de casa.

“Tudo leva a crer que se tratou de uma questão passional. O homem andava com ciúmes do outro, que acabou por matar”, disse, na altura, o então comandante da GNR de Moimenta da Beira que tomou conta da ocorrência. 

Os dois casais, que tinham uma relação familiar — o filho de Jusmino era casado com a filha de Ernesto — já não se falavam há anos, apesar de viverem na mesma rua. Entre os habitantes da aldeia, a tragédia não foi recebida com total surpresa, dado o histórico de desavenças e as suspeitas de Jusmino.

Este caso é frequentemente mencionado em cronologias de crimes graves ocorridos em Portugal nos últimos anos, destacando-se pela sua gravidade e pelo impacto profundo na comunidade local.

É que este trágico evento deixou a aldeia praticamente deserta, ficando apenas três habitantes. É uma das aldeias portuguesas que testemunharam o impacto do envelhecimento da população. A aldeia é um retrato da realidade de muitas localidades do interior de Portugal, onde a desertificação humana avança a passos largos.

Atualmente, São Xisto encontra-se desabitada, sendo visitada ocasionalmente por turistas atraídos pelas suas casas de xisto e pela paisagem envolvente. 

O nome, inspirado nas pedras que dominam a paisagem e nas construções tradicionais, reflete o caráter singular deste local.

O xisto, pedra característica da região, dá forma às casas da aldeia, conferindo-lhe um aspeto pitoresco e robusto. As ruas estreitas e sinuosas, ladeadas por muros de pedra, contam histórias de gerações passadas que viveram do trabalho da terra e das vinhas, num território integrado na Região Demarcada do Douro.

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